quinta-feira, 26 de março de 2009

Governo vai financiar moradias com
parcelas de R$ 50 a R$ 139

Lula faz do “Minha casa, minha vida”, uma bandeira de campanha

RIO – Agora é sério. Começou a campanha. Os brasileiros que tiverem renda de até três salários mínimos, o correspondente até R$ 1.395, serão os “beneficiados” do programa habitacional “Minha casa, minha vida”, que foi lançado ontem pelo governo federal. Os candidatos à casa própria, que terão subsídio para a compra de imóveis populares, pagarão prestações de 50 a 139 reais ao longo de até dez anos de parcelamento, para terem a casa própria. O cadastramento será feito pelas secretarias de habitação e para se candidatar, será preciso que o candidato procure o governo do estado ou as prefeituras.

“Em abril, vamos ampliar os postos de cadastramento, na sede da prefeitura e em locais públicos, como estações de metrô e de trem. Nosso cadastro será repassado para a Caixa Econômica Federal, com o máximo de informações sobre renda, tamanho da família, perfil de financiamento etc.”, assegurou o secretário municipal de Habitação do Rio, Jorge Bittar.

Para a menor faixa de renda, os imóveis, que serão casas térreas de 35 metros quadrados e apartamento de 42 metros quadrados, em unidades de no máximo cinco pavimentos, serão registrados, de preferência, em nome das mulheres. Alem das mulheres, idosos também terão prioridade nos financiamentos.

Estados e municípios doarão terrenos para construção de moradias. O secretário estadual de Habitação do Rio de Janeiro, Leonardo Picciani, falou que, somente no Centro do Rio, 250 unidades podem ser erguidas. O secretário municipal, Jorge Bittar, informou que, na capital, já foram identificados 400 terrenos para esse fim.

Mas como ninguém esconde o fim eleitoreiro do projeto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo, Antonio de Sousa Ramalho, acredita que as obras somente deverão começar em agosto.

“Vai depender muito das prefeituras. Espero que, independente do partido, os prefeitos não ofereçam resistências, porque o pacote vai gerar empregos nesse momento de crise e às vésperas de eleições”. Ainda segundo Ramalho, o projeto ainda não está finalizado e poderá sofrer alterações.

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