BRASIL

Lula pede e aliados negociam cessar-fogo no Senado

José Múcio negocia “acordos”
com os brigões

BRASÍLIA – Está sob a supervisão do ministro José Múcio, coordenador político de Lula, a negociação de um armistício no Senado. Os termos da suspensão das hostilidades foram ajustados na noite ontem, num restaurante de Brasília.

Com uma forte dose de pessoal em negociatas, estavam lá, de um lado da mesa Renan Calheiros (PMDB-AL) e Gim Argello (PTB-DF), que são os mentores dos “trambiques” do presidente do senado, José Sarney (PMDB-AP).

Como intermediário aquele que joga mais como operador do Planalto do que como homem de Sarney, estava Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula no Senado. E do lado contrário, estavam dois petistas ferrenhos: Aloizio Mercadante (SP), líder do Pt no Senado e Ideli Salvatti (SC), ex-líder da legenda.

José Múcio se apresentou como a voz moderadora. Ponderou que, sob a anormalidade das denúncias, é preciso retomar o ritmo normal de votações no Senado. E assim ele garantiu o fim das escaramuças que envenenam as relações de PMDB e PT, os dois sócios majoritários do consórcio governista.

O tiroteio do Senado começara no início do ano, quando Sarney entrara na briga pelo comando da Casa. Mas a coisa piorou mesmo foi no dia 2 de fevereiro, quando Sarney prevalecera na disputa sobre o rival Tião Viana (PT-AC). Desde então, o plenário do Senado trabalha lentamente. Até agora, o trabalho de 2009 ficou reduzido à votação de uma mísera medida provisória.

Mas o povo continua pagando os salários dessa “cambada” de sanguessuga.