quarta-feira, 18 de março de 2009

MUNDO
Deixem-me mascar minha folha de coca, diz Evo


Evo Moralles quer mais é fazer
propaganda da coca para vender seu produto



VIENA – Quando na semana passada, participando de uma reunião da Comissão da ONU para Drogas e Crime que aconteceu em Viena e tem a proposta de ajudar a criar iniciativas internacionais antidrogas para os próximos dez anos, Evo Moralles fez questão de mascar a folha da coca para mostrar que nada de mais acontece. Aproveitou para pedir a liberação da erva que é uma “droga”.

Aproveitando para fazer apologia ao seu produto “exportação” é falou: “Participei dessa reunião para reafirmar o compromisso da Bolívia com essa luta, mas também para pedir a correção de um erro cometido 48 anos atrás. Em 1961, a Convenção Única da ONU sobre Drogas Narcóticas colocou a folha de coca na mesma categoria que a cocaína e determinou que a prática de mascar a folha de coca precisa ser abolida num prazo de 25 anos de sua entrada em vigor na convenção. A Bolívia assinou a convenção em 1976, durante a ditadura brutal de Hugo Bánzer, e o prazo de 25 anos expirou em 2001. Assim, ao longo dos últimos oito anos, os milhões de nós que conservam a prática tradicional de mascar coca foram, segundo a convenção, criminosos que violam a lei internacional. Este é um estado de coisas inaceitável e absurdo para os bolivianos e outros povos andinos. Muitas plantas têm pequenas quantidades de vários compostos químicos chamados alcaloides. Um alcaloide comum é a cafeína, que é encontrada em mais de 50 variedades de plantas, do café ao cacau, e até nas flores de laranjeiras e limoeiros. O uso excessivo de cafeína pode causar nervosismo, taquicardia, insônia e outros efeitos indesejados. Outro alcaloide comum é a nicotina, encontrada na planta do tabaco. Seu consumo pode causar vício, hipertensão e câncer; ela é a causa de uma em cada cinco mortes nos EUA. Alguns alcaloides têm qualidades medicinais importantes. O quinino, por exemplo, o primeiro tratamento conhecido para a malária, foi descoberto pelos índios quíchuas do Peru na casca da árvore cinchona”.

E com esse discurso que não teve fim, Evo mostrou que está a sua meta é poder vender cocaína para o mundo, “mate a quem matar”.

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