quinta-feira, 26 de março de 2009

Sarney e uma modernização de assessoria

Gerson Tavares


Lá se vai distante o ano de 2003, mas naquela época, por incrível que possa parecer, o presidente do Senado era um maranhense que atende pelo nome de José Sarney. Hoje, lá está novamente o José Ribamar sentado na mesma cadeira comandando a mesma Casa.

Lembrei daquele ano, pois foi nele que o Ribamar criou uma diretoria que recebeu o imponente nome de Diretoria de Modernização Administrativa e Planejamento. Lá se vão seis anos e nada de modernização nem de planejamento aconteceu, mas o Zé Ribamar voltou. Agora se planejaram aumentar os gastos da Casa com pessoal, aí eu me rendo. Planejaram e conseguiram. Se a diretoria era para planejar uma nuvem para encobrir a transparência na gestão, também podemos dizer que planejaram bem e até conseguiram. Está tudo muito nebuloso lá pelo lado do Senado.

Mas o que não se pode negar é que o Ribamar faz as coisas, muito bem feitas. Em 2003, a jornalista e advogada Elga Maria Teixeira Lopes, que participou da campanha da candidata do PMDB-MA, Roseana Sarney para o governo do Maranhão em 2002, foi indicada pelo Zé Ribamar, então presidente do Senado, para chefiar a importante diretoria, que tinha com a Fundação Getúlio Vargas um contrato para proposição de projetos de modernização. Isto quer dizer que os funcionários recebiam para a FGV trabalhar.

O tempo passou e hoje, recém nomeada, novamente pelo mesmo Ribamar de antes para dirigir a “maquina” de comunicação da Casa, que tem vinte secretarias, lá está ela, a Elga Maria. Mas agora, ela deixou transparecer todo o seu conhecimento sobre o seu trabalho. Elga diz não saber por que foi preciso contratar a Fundação Getúlio Vargas para propor projetos de modernização. Sobre o resultado dos três anos à frente da diretoria ela não sabe falar nada sobre o contrato. “Perdoe, eu ralei muito nesses três anos, mas não me lembro. Estamos falando de 2003, né? Preciso de mais tempo para responder”, foi a resposta da “pobre” Elga Maria.

Enquanto isso, para demitir 50 diretores de 181, o José “Ribamar” Sarney diz que os problemas caíram no seu colo.
Ribamar, vai roubar pra ser preso!

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