quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Vamos olhar o fiscal e a inflação', afirma a presidente.


DILMA SE COMPROMETE

COM ‘DEVER DE CASA’

Gerson Tavares
 







Não poderia nunca pensar em ver a Dilma Rousseff sorridente, depois de “na maior cara de pau” ela estar fazendo exatamente aquilo que ela dizia em campanha que o Aécio Neves, se fosse eleito, estaria fazendo. Mas foi muito sorridente que a presidente Dilma Rousseff entrou numa das salas do Palácio do Planalto para se encontrar com os jornalistas do Estado de São Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo e Valor Econômico, para a entrevista que foi convocada após a reeleição.

Mas como sempre, ela tinha que dar “esporro” em alguém e foi então que, antes mesmo que o relógio marcasse dez segundos de encontro, ela já estava dando a primeira bronca nos assessores. “Vocês escolheram uma sala que só tem cadeiras? Não tem uma mesa aqui? Vamos trocar agora”. Falou e tratou de conduzir os jornalistas para outro ambiente do Planalto.

Para começar o “papo”, a Dilma, claro, depois de ter os votos nas urnas e na certeza que não haveria recontagem, já reconhecia que terá pela frente uma tarefa muito complexa para lidar com a inflação, inflação essa, que ela deve ao presidente que vai sair dia 1º de janeiro, e também terá que promover o crescimento econômico do País depois dos números extremamente modestos apresentados durante o mandato que está terminando. Mas em momento algum ela deu o nome do irresponsável que estará saindo depois de por quatro anos desgovernar o Brasil.

Mas voltando para a “entrevista”, com o objetivo de dar o recado de que o mercado aguarda e também responder às críticas sobre descontrole das contas públicas, Dilma prometeu “reduzir gastos” e “apertar o controle da inflação”. Mas será que nesses quatro anos passados, ela fez algum curso? Se bem que ela é daqueles que, mesmo sem curso feito ou diploma na mão, coloca no currículo que fez e aconteceu.

E a presidente reconheceu que o governo “tem de fazer o dever de casa” para conter o aumento dos preços e afirmou que “tem esperança de que o Brasil terá uma recuperação da economia em 2015”, embora ressalte que não exista “receita prontinha” para isso. Aliás, se houvesse receita, ela não seria a mestre-cuca para acertar no tempero. Mas ela avisou que “vai olhar o fiscal a inflação”. Será que ela acha que tem fiscal levando propina sem levar a sua parte do dividendo lá no Palácio? Foi então que anunciou que, ao contrário do que pregava a oposição, não vai mexer nem no centro nem no intervalo da meta da inflação. Até porque, nem ela nem sua equipe econômica saberiam fazer tal mágica.

E deu ênfase em seu posicionamento: “Eu não pretendo mexer em intervalo de tolerância de inflação. O que eu pretendo é reduzir a inflação, e não reduzir a meta da inflação. Reduzir a inflação com recurso fiscal e menos monetário”. E assim ela falou e nada disse, mas para dar uma de “mãe dos trabalhadores" ela afirmou que “essas políticas vão levar em conta a taxa de desemprego”.

E como sempre ela tem que se defender de suas “baboseiras” e então, reconhecendo que existe “problema interno” no País com a inflação, mas sempre negando que tenha cometido “estelionato eleitoral”, como criticou a oposição após o resultado do 2.º turno, por causa de medidas como aumento dos juros. “Por quê? Eu não concordo com isso, não. Eu não estou dizendo que vou fazer o arrocho que eles falaram que iam fazer. Pelo contrário, estou dizendo que vou manter emprego e renda. Eu não falei que vou reduzir meta de inflação, e eles plantaram isso em prosa e verso. E tampouco concordo com choque de gestão. Eu sei o estelionato que choque de gestão é”. Dilma não se emenda. Ela mente e desmente com a mesma cara de paisagem que sempre que faz quando prepara as “sacanagens” para enganar o povo.

E para completar sua oratória mentirosa, a presidente também anunciou que vai promover a discussão sobre a regulação econômica da mídia. Ela diz que não se trata de interferência em conteúdo ou censura.

Mas só mesmo quem gosta de ser enganado continua ouvindo as “merdas” que ela fala. Desculpem, mas só palavrão para definir as coisas que saem daquela mal fadada boca. 

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