DILMA SE COMPROMETE
COM ‘DEVER DE CASA’
Gerson Tavares
Não poderia nunca
pensar em ver a Dilma Rousseff sorridente, depois de “na maior cara de pau” ela
estar fazendo exatamente aquilo que ela dizia em campanha que o Aécio Neves, se
fosse eleito, estaria fazendo. Mas foi muito sorridente que a presidente Dilma
Rousseff entrou numa das salas do Palácio do Planalto para se encontrar com os
jornalistas do Estado de São Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo e Valor
Econômico, para a entrevista que foi convocada após a reeleição.
Mas como sempre, ela
tinha que dar “esporro” em alguém e foi então que, antes mesmo que o relógio
marcasse dez segundos de encontro, ela já estava dando a primeira bronca nos
assessores. “Vocês escolheram uma sala que só tem cadeiras? Não tem uma mesa
aqui? Vamos trocar agora”. Falou e tratou de conduzir os jornalistas para outro
ambiente do Planalto.
Para começar o “papo”,
a Dilma, claro, depois de ter os votos nas urnas e na certeza que não haveria recontagem, já reconhecia que terá pela frente uma tarefa muito complexa para
lidar com a inflação, inflação essa, que ela deve ao presidente que vai sair
dia 1º de janeiro, e também terá que promover o crescimento econômico do País
depois dos números extremamente modestos apresentados durante o mandato que
está terminando. Mas em momento algum ela deu o nome do irresponsável que
estará saindo depois de por quatro anos desgovernar o Brasil.
Mas voltando para a
“entrevista”, com o objetivo de dar o recado de que o mercado aguarda e também responder
às críticas sobre descontrole das contas públicas, Dilma prometeu “reduzir
gastos” e “apertar o controle da inflação”. Mas será que nesses quatro anos
passados, ela fez algum curso? Se bem que ela é daqueles que, mesmo sem curso
feito ou diploma na mão, coloca no currículo que fez e aconteceu.
E a presidente
reconheceu que o governo “tem de fazer o dever de casa” para conter o aumento
dos preços e afirmou que “tem esperança de que o Brasil terá uma recuperação da
economia em 2015”, embora ressalte que não exista “receita prontinha” para
isso. Aliás, se houvesse receita, ela não seria a mestre-cuca para acertar no
tempero. Mas ela avisou que “vai olhar o fiscal a inflação”. Será que ela
acha que tem fiscal levando propina sem levar a sua parte do dividendo lá no Palácio? Foi
então que anunciou que, ao contrário do que pregava a oposição, não vai mexer
nem no centro nem no intervalo da meta da inflação. Até porque, nem ela nem sua
equipe econômica saberiam fazer tal mágica.
E deu ênfase em seu
posicionamento: “Eu não pretendo mexer em intervalo de tolerância de inflação.
O que eu pretendo é reduzir a inflação, e não reduzir a meta da inflação.
Reduzir a inflação com recurso fiscal e menos monetário”. E assim ela falou e
nada disse, mas para dar uma de “mãe dos trabalhadores" ela afirmou que “essas
políticas vão levar em conta a taxa de desemprego”.
E como sempre ela tem
que se defender de suas “baboseiras” e então, reconhecendo que existe “problema
interno” no País com a inflação, mas sempre negando que tenha cometido
“estelionato eleitoral”, como criticou a oposição após o resultado do 2.º
turno, por causa de medidas como aumento dos juros. “Por quê? Eu não concordo
com isso, não. Eu não estou dizendo que vou fazer o arrocho que eles falaram
que iam fazer. Pelo contrário, estou dizendo que vou manter emprego e renda. Eu
não falei que vou reduzir meta de inflação, e eles plantaram isso em prosa e
verso. E tampouco concordo com choque de gestão. Eu sei o estelionato que
choque de gestão é”. Dilma não se emenda. Ela mente e desmente com a mesma cara
de paisagem que sempre que faz quando prepara as “sacanagens” para enganar o povo.
E para completar sua
oratória mentirosa, a presidente também anunciou que vai promover a discussão
sobre a regulação econômica da mídia. Ela diz que não se trata de interferência
em conteúdo ou censura.
Mas só mesmo quem gosta
de ser enganado continua ouvindo as “merdas” que ela fala. Desculpem, mas só
palavrão para definir as coisas que saem daquela mal fadada boca.
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