ESTOU COM O “CHICO”
E NÃO ABRO III
Gerson Tavares
Vamos acabar a semana
ainda falando das colocações do Papa Francisco em sua participação no Encontro
Mundial dos Movimentos Populares. Eu não poderia deixar no esquecimento o modo de
falar tão espontâneo, ou seja, fora do texto, que o Pontífice retomou a Exortação
apostólica "Evangelii Gaudium" para denunciar mais uma vez que as
crianças e os anciãos são descartados. E colocou muito bem que “agora se
descartam os jovens, como milhões de desempregados”. Falando tratar-se de um
desemprego juvenil que em alguns países supera 50%, e não deixando passar a
oportunidade, falou que “todos têm direito a uma digna remuneração e à segurança
social".
Lembrando a todos que
naquele momento encontravam-se ali "catadores de papel", vendedores
ambulantes, mineiros, "camponeses" aos quais são negados os direitos
do trabalho, não deixou de frisar a verdade que muitos esquecem. Falando dessas
minorias que hoje somadas já formam uma grande maioria, bateu forte nos
“lideres sindicais”, ao falar que àqueles é negada a possibilidade de sindicalizar-se.
Dirigindo-se aos discriminados falou: “Hoje desejo unir a minha voz à de vocês
e acompanhá-los em sua luta".
Francisco ofereceu sua
reflexão sobre o binômio “ecologia e paz”, afirmando que são questões que devem
concernir a todos, "não podem ser deixadas somente nas mãos dos
políticos". O santo Francisco afirmou mais uma vez que estamos vivendo a
"III Guerra Mundial", em pedaços, denunciando que "existem
sistemas econômicos que têm que fazer a guerra para sobreviver": "Quanto
sofrimento, quanta destruição quanta dor! Hoje, o grito da paz se eleva de
todas as partes da terra, em todos os povos, em todo coração e nos movimentos
populares: Nunca mais a guerra!".
Foi assim que Francisco
demonstrou que não veio ao mundo a passeio. Ele veio para lutar pela união da
sociedade e não para “união dos que mandam”.
E Francisco recordou
que está preparando uma Encíclica sobre a ecologia assegurando que as
preocupações dos Movimentos Populares estarão presentes nela. O Pontífice
perguntou-se por qual motivo assistimos a todas essas situações. Mas para não
deixar dúvidas, aproveitou para ali mesmo responder: "Porque neste sistema
o homem foi expulso do centro e foi substituído por outra coisa. Porque se
presta um culto idolátrico ao dinheiro, globalizou-se a indiferença. O mundo
esqueceu-se de Deus que é Pai e tornou-se órfão porque colocou Deus de
lado".
Enquanto isso os
políticos continuam em seus descaminhos. Agora mesmo, aqui no Brasil, ainda não
demos posse aos políticos eleitos para os próximos quatro anos e já temos o
Lula “cercando” a cadeira do Planalto para sentar e quem sabe, para nunca mais
levantar.
Enquanto os votos
segurarem o trono, tudo bem. Quando faltar votos, “por que não ditadura?”. Esse é o pensamento dos politiqueiros que se apoderaram do Brasil.
Cuidado povão, que este
já é o pensamento de uma grande maioria deles. Sendo assim, segunda-feira volto à
“politicagem local”.
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