ESTOU COM O “CHICO”
E NÃO ABRO I
Gerson Tavares
Sempre que a turma de
esquerda fala eu já estou de antena ligada para ver de onde eles copiaram a
ideia. Então, quando eles falam que inventaram o socorro aos pobres, aí já é
demais quando falam que isso é coisa da cabeça de comunista. Até parece que os "falsos
comunistas" que se espalham pelo mundo pensam em dividir seus bens com os
menos aquinhoados.
Agora que a Igreja
Católica tem como chefe o argentino Jorge Mário Bergoglio, que adotou o nome de
Francisco, os “comunas” estão fritos com suas propostas de que o comunismo é o
“pai dos pobres”.
Disse Francisco, em seu
articulado discurso aos participantes do Encontro Mundial dos Movimentos
Populares, recebidos na Sala Antiga do Sínodo, no Vaticano que “terra, casa e trabalho”
são os três pontos fundamentais para que possamos ter uma vida mais justa. O
Pontífice ressaltou que é preciso revitalizar as democracias, erradicar a fome
e a guerra, assegurar a dignidade a todos, sobretudo aos mais pobres e
marginalizados.
Todos encontraram ali,
naquelas palavras a força de uma verdade. Em um veemente pronunciamento, Francisco
colocou ao mesmo tempo, esperança e denúncia. Foi um discurso que pela sua
amplidão e profundidade, mostrou ao mundo o valor de uma pequena encíclica de
Doutrina Social. Depois dessa posição da Igreja, todos viram como foi importante
a solicitação que os "Movimentos Populares" fizeram para este encontro com o Papa
Francisco.
E ninguém pode falar
que Francisco está “jogando para a galera”, pois muito antes de tornar-se Papa,
na Argentina, ainda como bispo e depois como cardeal, Jorge Mário Bergoglio
sempre se fez próximo das comunidades populares como as de "catadores de
papel" e "camponeses". E tenham certeza que nesta audiência Francisco
só retomou o fio de um compromisso jamais interrompido pelo homem Jorge Mario.
E o Santo Padre deixou evidente
já de início em seu discurso, que a solidariedade que está encarnada pelos
Movimentos Populares, encontra-se "enfrentando os efeitos deletérios do
império do dinheiro". Esta foi a colocação de Francisco que não se esquece
dos pobres em momento algum. Como ele mesmo já colocou em outras oportunidades,
ele quer uma “Igreja pobre para os pobres”.
E Francisco deixou
claro que "não se vence o escândalo da pobreza promovendo estratégias de
contenção que servem unicamente para transformar os pobres em seres domésticos
e inofensivos". E lembrou Jesus em sua colocação ao falar que "aquele que reduz
os pobres à passividade, o próprio Jesus os chamaria de
hipócritas".
E quando se pegou nos
três pontos chave de sua oratória, Francisco falou: "Terra, teto,
trabalho. É estranho, mas quando falo sobre estas coisas, para alguns parece
que o Papa é comunista. Não se entende que o amor pelos pobres está no centro
do Evangelho. Terra, casa e trabalho são ‘direitos sagrados’. É a Doutrina
social da Igreja".
E por aí foi o
Francisco mostrando que o comunismo acabou no mundo, mas a Igreja
está seguindo com o Evangelho, tão usado, claro, às escondidas, pelos velhos comunistas.
Nada veio do comunismo.
Os “velhos” e verdadeiros comunistas só copiavam o que a Igreja pregava.
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