POR QUE SÓ PIZZOLATO?
Gerson Tavares
Depois de muito vai não
vai, a Justiça italiana negou o pedido de extradição de Henrique Pizzolato, o
“bandido” e ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, que fez todo mundo de
“babaca” no Brasil ao entregar à Polícia Federal um passaporte e viajar com o
outro, já que ele tem dupla cidadania e assim, chegou a sua pátria do outro
lado do oceano e ainda riu da Polícia Federal brasileira.
Pizzolato foi um dos
condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Ele pegou uma cana de 12 anos e
sete meses de prisão no Brasil por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal
470, aquele famigerado processo do “mensalão”, mas antes de ser engaiolado se mandou.
Com o Brasil já
tendo o “rabo preso” com o governo italiano desde que Lula achou por bem não
extraditar o “bandido” italiano Cesare Battisti, agora está vendo o outro lado
da moeda. Muito envergonhada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) está falando
que os magistrados italianos, que alegam ter razões para supor que as condições das
prisões brasileiras não atendem aos direitos humanos. Isso foi só um resumo de
tudo que eles falam, mas o processo completo deve ser publicado em 15 dias.
Mas como o governo
brasileiro se acha acima de tudo, a assessoria da PGR, informou que o governo
brasileiro recorrerá da decisão. Em abril deste ano, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, enviou ao STF e ao Ministério da Justiça,
solicitações de indicação de presídios para os quais Pizzolato poderia ser
levado caso a extradição fosse autorizada.
Este ato atendia a uma
solicitação do Ministério Público italiano e do Tribunal de Apelação de Bolonha
para assegurar que, ao cumprir pena no Brasil, Pizzolato teria os direitos
humanos preservados. Segundo a assessoria da PGR, foram indicados três
presídios, um deles o da Papuda, no Distrito Federal. Mas pelo que deu a
entender, Pizzolato quer ir para um que tenha no mínimo “6 estrelas”.
O julgamento
aconteceu na Corte de Apelação de Bolonha e agora ele está solto pelas ruas
como por aqui estão os seus companheiros de “quadrilha”. O Pizzolato fugiu do
Brasil em setembro do ano passado, pouco antes do final do julgamento do
processo do “mensalão”, e foi preso em fevereiro na Itália, em Maranello.
Em junho, a corte
iniciou o julgamento, mas suspendeu a sessão para solicitar esclarecimentos do
governo brasileiro sobre as condições dos presídios nacionais. O ministro Marco
Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, concordou com a justificativa da Justiça
italiana e disse que a notícia é uma vergonha para o Brasil. Assim se declarou
Marco Aurélio: “O motivo foi não termos penitenciárias que preservem a
integridade física e moral do preso. Para nós, brasileiros, é uma vergonha. Ele
exerceu o direito natural de não se submeter às condições animalescas das
nossas penitenciárias”.
Depois dessa declaração
de um ministro do Supremo, que podemos falar da decisão da Corte de Bolonha?
Isso sem falar na “cagada” que o Luiz Inácio fez ao preservar o “bandido”
italiano por aqui, negando a extradição que a Justiça italiana solicitou cheia
de razão.
Não podemos esquecer
que lugar de bandido é na cadeia, mas como por aqui não é assim, a Itália está
pagando na mesma moeda.
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