sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Em campanha, 135 parlamentares receberam R$ 1,38 milhão de seus próprios funcionários de gabinete.


SÓ TEM LADRÃO


Vocês já se imaginaram doando o seu dinheiro, para pagar a campanha do seu "patrão"? Pode até parecer que isso é impossível, mas ao longo da campanha eleitoral de 2014, pelo menos 363 “secretários parlamentares” doaram dinheiro para os deputados ou senadores, que são aqueles que "dão os seus empregos", mas que nós, população, é que pagamos o salário. As contribuições foram feitas, em alguns casos, em grandes quantias de dinheiro, em outros, por meio de prestação de serviços gratuitos, contabilizados como doações em valores estimados.

Em grande maioria dessas “doações”, elas foram feitas entre deputados e assessores. Foram 307 "empregados" que doaram para 125 deputados, contra 56 funcionários que pagaram para 10 senadores. Somadas, as doações, nas duas casas, chegaram a R$ 1,38 milhão, de acordo com o portal “Congresso em Foco”. Para os candidatos que terminaram suas participações nas eleições em 5 de outubro, tinham até 4 de novembro para prestar contas ao TSE.

Mas quem mais chama a atenção nessa “sacanagem” é o candidato ao governo do Rio de Janeiro. Entre os senadores que receberam dinheiro de parlamentares está o candidato derrotado ao governo do Rio, o Marcelo Crivella, do PRB do Rio de Janeiro, o filhote de Edir Macedo. Ele recebeu doações do analista legislativo Matias Batista, funcionário de seu gabinete no Senado. Com salário de mais de R$ 20 mil, Matias doou R$ 25 mil em dinheiro vivo no dia 5 de agosto. E para não ficar só com um funcionário “puxa-saco”, mais três assessores contribuíram com um total de R$ 50 mil o caixa de campanha do senador. A assessoria de imprensa do senador informa que "todas as doações estão de acordo com a legislação eleitoral".

Até parece que eles não são “pilantras”. Tanto são que mais dois senadores eleitos governadores, Wellington Dias, do PT do Piauí e Rodrigo Rollemberg, do PSB/DF, também registraram doações de funcionários de seus gabinetes.

Agora, diz aí: você já viu uma “cambada de safados” como são esses politiqueiros?

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