DINHEIRO
DE DAR COM PAU
Quem resolveu falar e está entregando a
bandidagem, agora quer dar o exemplo. Foi mais ou menos assim que senti quando ouvi
que o doleiro Alberto Youssef deverá devolver aos cofres públicos R$ 55 milhões
até o fim dos processos abertos contra ele a partir da “Operação Lava-Jato”, da
Polícia Federal.
Esta devolução envolve
dinheiro e bens obtidos de recursos ilícitos que faz parte do acordo de delação
premiada que o doleiro firmou em troca de redução substancial das penas de
prisão a que poderia ser condenado por desvios de verbas da Petrobras e de
outras áreas da administração pública. Correu um boato que Youssef havia
morrido exatamente na véspera do segundo turno das eleições, mas ainda na quarta-feira
da semana passada, Youssef recebeu alta do hospital em Curitiba onde esteve
internado desde sábado e voltou para a prisão.
Até o momento, réus que
decidiram colaborar com as investigações da Lava-Jato já se comprometeram a
devolver aproximadamente R$ 175 milhões. O primeiro da fila da delação
premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que
confessou participar de um esquema de corrupção que envolvia políticos de PT,
PMDB e PP, deverá devolver mais de R$ 70 milhões. Entre os valores a serem
entregues por Costa estão US$ 23 milhões que ele teria recebido da “Odebrecht”,
uma das empreiteiras com grandes contratos com a Petrobras. O dinheiro está
bloqueado em contas bancárias na Suíça, e sua devolução aos cofres públicos
depende apenas de medidas burocráticas
Agora me digam: "Será que a
Dilma e o Luiz Inácio não pegaram uma boa parte dessa grana toda?".
Me engana que eu gosto!
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