DESSA VEZ FOI SEM
GOZO
Depois de conselheira
sexual no governo do Lula, por estar de saco-cheio das medidas nada
“relaxantes” da Dilma, Marta Suplicy resolveu então que não deveria relaxar e muito menos gozar. Foi
assim que a ministra da Cultura entrou em rota de colisão com a
presidente Dilma Rousseff.
A ministra da Cultura
pediu demissão do cargo em uma carta nada amigável, na qual cobra do governo
federal o resgate de "confiança e credibilidade" na economia com a
escolha da próxima equipe da Fazenda. Magoada com o PT, Marta demarcou o seu
espaço, saiu atirando e deu o primeiro passo para demonstrar que vai disputar a
Prefeitura de São Paulo, em 2016, mesmo que seja por outro partido. Com uma carta
de demissão com críticas à condução do governo, em especial na economia, Marta
pegou o Palácio de Planalto de surpresa, principalmente porque foi entregue
quando Dilma estava no exterior. Claro que foi um gesto calculado da
ex-prefeita paulistana, que ficou dois anos e dois meses no comando da Cultura
e agora reassumirá sua cadeira no Senado.
E Marta preparou tudo
para que não haja dúvidas. "Todos nós, brasileiros, desejamos, neste
momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho,
a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que
resgate a confiança e credibilidade ao seu governo e que, acima de tudo, esteja
comprometida com uma nova agenda de estabilidade e crescimento para o nosso
País". Pois assim que ela escreveu em carta antecipada pelo blog de Sonia
Racy, no portal do “Estadão”.
E completa o recado
para a Dilma, que nada mais é se não, uma senhora deslumbrada que está à beira
da desmoralização: "Isto é o que hoje o Brasil, ansiosamente, aguarda e
espera".
Dilma só tomou
conhecimento da carta de Marta quando desembarcou em Doha, no Catar, onde fez
escala antes de seguir viagem para Brisbane, na Austrália, com o objetivo de
participar da reunião de Cúpula do G-20, que foi realizada sábado e domingo
passado. O tom beligerante da despedida da ministra surpreendeu a presidente e
seus auxiliares, irritando ainda mais o chefe da Casa Civil, Aloizio
Mercadante. Para a vaga de Marta são cotados o presidente do Instituto
Brasileiro de Museus, Ângelo Oswaldo, e o secretário municipal de Cultura de
São Paulo, Juca Ferreira.
Só não podemos esquecer
que a Marta, ministra demissionária, é a segunda mostra que entre os ministros
Dilma está em baixa. O Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral, que como a Marta
também é próximo ao ex-presidente Luiz Inácio, afirmou que faltou diálogo em
seu primeiro mandato. O Gilberto Carvalho ainda não saiu, mas pelo que está
mostrando o tempo, também não deve ficar no governo.
Mas como muitos estão
especulando a situação do governo Dilma, no Palácio do Planalto o gesto de
Marta foi interpretado como um movimento planejado por ela para deixar o PT e
se filiar ao PMDB, caso o seu partido a impeça de disputar uma prévia com o
prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para a escolha no nome que concorrerá
em 2016.
Só que aí a Marta vai
ter que brigar com Lula, já que ele é Haddad desde garotinho.
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