terça-feira, 18 de novembro de 2014

Marta se demite e constrange o Planalto. Seria isso possível?


DESSA VEZ FOI SEM GOZO

Depois de conselheira sexual no governo do Lula, por estar de saco-cheio das medidas nada “relaxantes” da Dilma, Marta Suplicy resolveu então que não deveria relaxar e muito menos gozar. Foi assim que a ministra da Cultura entrou em rota de colisão com a presidente Dilma Rousseff.

A ministra da Cultura pediu demissão do cargo em uma carta nada amigável, na qual cobra do governo federal o resgate de "confiança e credibilidade" na economia com a escolha da próxima equipe da Fazenda. Magoada com o PT, Marta demarcou o seu espaço, saiu atirando e deu o primeiro passo para demonstrar que vai disputar a Prefeitura de São Paulo, em 2016, mesmo que seja por outro partido. Com uma carta de demissão com críticas à condução do governo, em especial na economia, Marta pegou o Palácio de Planalto de surpresa, principalmente porque foi entregue quando Dilma estava no exterior. Claro que foi um gesto calculado da ex-prefeita paulistana, que ficou dois anos e dois meses no comando da Cultura e agora reassumirá sua cadeira no Senado.

E Marta preparou tudo para que não haja dúvidas. "Todos nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo e que, acima de tudo, esteja comprometida com uma nova agenda de estabilidade e crescimento para o nosso País". Pois assim que ela escreveu em carta antecipada pelo blog de Sonia Racy, no portal do “Estadão”.

E completa o recado para a Dilma, que nada mais é se não, uma senhora deslumbrada que está à beira da desmoralização: "Isto é o que hoje o Brasil, ansiosamente, aguarda e espera".

Dilma só tomou conhecimento da carta de Marta quando desembarcou em Doha, no Catar, onde fez escala antes de seguir viagem para Brisbane, na Austrália, com o objetivo de participar da reunião de Cúpula do G-20, que foi realizada sábado e domingo passado. O tom beligerante da despedida da ministra surpreendeu a presidente e seus auxiliares, irritando ainda mais o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Para a vaga de Marta são cotados o presidente do Instituto Brasileiro de Museus, Ângelo Oswaldo, e o secretário municipal de Cultura de São Paulo, Juca Ferreira.

Só não podemos esquecer que a Marta, ministra demissionária, é a segunda mostra que entre os ministros Dilma está em baixa. O Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral, que como a Marta também é próximo ao ex-presidente Luiz Inácio, afirmou que faltou diálogo em seu primeiro mandato. O Gilberto Carvalho ainda não saiu, mas pelo que está mostrando o tempo, também não deve ficar no governo.

Mas como muitos estão especulando a situação do governo Dilma, no Palácio do Planalto o gesto de Marta foi interpretado como um movimento planejado por ela para deixar o PT e se filiar ao PMDB, caso o seu partido a impeça de disputar uma prévia com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para a escolha no nome que concorrerá em 2016.


Só que aí a Marta vai ter que brigar com Lula, já que ele é Haddad desde garotinho. 

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