Pilantra
é pilantra mesmo
Gerson
Tavares
Tenho
impressão que o governo não sabe o que custa para um trabalhador comprar uma
televisão. O governo não sabe em quantas prestações o pobre trabalhador compra
seus eletrodomésticos. Realmente quem está lá em Brasília não sabe ou finge que
não sabe. E entre esses “safardanas” está o presidente do Senado, Renan
Calheiros, que é um dos membros do PMDB que mais trambiques costuma dar.
Não
entendi bem porque ele fez um pronunciamento em rede nacional de televisão para
fazer uma prestação de contas das atividades da Casa no ano e então causou um
mal estar sem precedentes na população brasileira. Para dar início as suas
exposições, Renan começou lembrando as manifestações que levaram às ruas mais
de um milhão de brasileiros em junho. Só esqueceu de falar que foram os
políticos que estão governando o País que também levaram os baderneiros para as
ruas numa modalidade de enfraquecer o movimento legítimo de um povo ordeiro.
Disse
ele que 2013 entrará para a história como o ano da mudança nas instituições
brasileiras. “Tivemos uma demonstração de cidadania”, afirmou o presidente do
Senado. Só esqueceu de falar que ele e um dos piores políticos que já passaram
pelo Senado. Sim, porque só depois de muito cobrado, Renan resolveu devolver o
dinheiro que foi gasto para usar um jatinho da FAB para ir a clínica onde fez
implante capilar. Claro que ele não iria devolver ao cofre da República o valor
que foi gasto com a aeronave e sim, armou um esquema com o “ministro” da
Defesa, que é quem manda na Aeronáutica, e devolveu só R$ 27.385,27, coisa, que
na verdade não cobre as despesas com o uso do equipamento, as horas de trabalho
e voo da tripulação, a manutenção e abastecimento do equipamento e por aí vai
tudo que é necessário para uma aeronave sair do solo para uma viagem. Mas como
o Amorim também faz parte da “patota”, assinou em baixo que tudo ficou em pouco
mais dos R$ 27 mil. Mas discutir o que e com quem? Esta é só mais uma das
chamadas “coisas de bandidos”.
Também
o Renan falou que decisão do STF sobre doações para campanhas é “invasiva”. Mas
ele invade a dignidade de qualquer cidadão e acha normal. O que é normal para o
cidadão não é para Renan, mas quando Renan faz as imoralidades dele, Renan acha
que o cidadão tem que calar e aceitar.
Renan
descreveu os anseios da população, como saúde, educação e transporte público de
qualidade. O senador falou que, em menos de 20 dias depois do início das
manifestações, a Casa conseguiu “aprovar leis modernas no Brasil”. O presidente
do Senado passou, então, a listar alguns projetos aprovados, como a derrubada
dos 14º e 15º salários dos parlamentares, a perda automática de mandato para
qualquer parlamentar que for condenado em processos de improbidade e crime
contra a administração pública e o fim do voto secreto em casos de cassação de
mandato e vetos presidenciais.
Então
o Renan afirmou que o corte de “alguns benefícios” fizeram o Senado economizar
R$ 260 milhões. E para completar disse que o dinheiro que, “por nossa
recomendação”, será revertido à sociedade em projetos sociais.
Será
que alguém acreditou?
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