quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Prejuízo de calote do Equador
cai na conta do Tesouro



Chanceler Celso Amorim está preocupado, mas não sabe o que fazer?



RIO – Mais uma vez o povo vai pagar a conta. O pior é que a conta nem é nossa e sim do governo equatoriano. O Tesouro Nacional deverá arcar com o prejuízo se o Equador não pagar o financiamento concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção da hidrelétrica naquele país. Ontem a instituição financeira foi oficialmente notificada pela Câmara de Comércio Internacional (CCI) de que o governo equatoriano deu entrada em processo pedindo arbitragem da CCI para cancelar o pagamento.

A possibilidade embutirá também como conseqüência , caso concretizada, a perda da credibilidade do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos da Associação Latino-Americana de Integração (CCR), executado pelos bancos centrais da região, de acordo com especialistas ouvidos pela Agência Estado.

Segundo o jornal equatoriano “El Universo”, Galo Borja, ministro de Setores Estratégicos de Equador, o governo equatoriano só deixará de pagar se obtiver uma decisão favorável da CCI nesse sentido, “Em caso de default, o BNDES recebe. Não sei se do Banco Central ou do Tesouro”, disse o ex-presidente do BNDES e conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), José Pio Borges.

“De qualquer jeito, quem paga é o governo brasileiro. Quer dizer, nós os contribuintes”, salientou o ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria, Gustavo Loyola, sobre a hipótese de o Equador não pagar.

Assim sendo, um contrato de financiamento de US$ 242,9 milhões entre o BNDES e a empresa equatoriana Hidropastaza para a exportação de bens e serviços brasileiros para a construção da Hidrelétrica San Francisco foi assinado em abril de 2000 e que prevê garantia do Tesouro Nacional pelo Seguro de Crédito à Exportação sairá do bolso do pobre brasileiro, esse povo que não deu procuração a ninguém para fazer essas “burradas”.

Um comentário:

Anônimo disse...

O brasileiro já está acostumado. é só "fumo".

Manoel Flores

Além Paraiba - MG