segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Num país sem escola, governo quer o povo
com diploma na mão

Gerson Tavares

Há algum tempo atrás, todos pediram “anistia geral e irrestrita”. Agora estamos vendo muita gente recebendo a “bolsa ditadura”. Na hora do “pega pra capar”, uma grande parte desses não botou a cara na reta, mas na hora de “levar vantagem”, eles estão aí.

Agora é a vez da “consciência negra” e eu gostaria que essa consciência fosse também “geral e irrestrita”. E uma dúvida se fez presente em minha cabeça: “será que essa ‘discriminação’ não tem como fim, levar vantagem?”.

Olhando bem as coisas neste fim de semana a dúvida foi se dissipando com as respostas que ouvi e li no noticiário. No “Dia da Consciência Negra” a Câmara dos deputados aprovou projeto que torna obrigatória a reserva da metade das vagas em universidades federais do país para cota racial e social.

Esta cota social que é baseada na renda familiar e servira para beneficiar os estudantes mais pobres, não estava no projeto. Quando ele chegar ao Senado essa emenda poderá ser retirada, mas existe outra emenda que poderá ser também polêmica no Senado. É aquela que acaba com o vestibular. Mas pensando bem, se 50% das vagas já estarão comprometidas com os cotistas, para que vestibular?

Este é um assunto que vai dar muitos desdobramentos e eu voltarei sempre a falar nele, mas tem uma coisa eu não posso deixar para falar depois. Ao ver e ouvir tanta história, cheguei a conclusão que em um país onde o presidente da República, hoje, não tem diploma, poderemos ter no futuro um presidente, também sem instrução, mas com “canudo” na mão.

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