sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Quem sabe da vida dele é a Nicéa

Gerson Tavares


O mundo está de pernas para o ar. Não pode ser verdade o que escuto ou leio nesses últimos dias e para completar, agora vem o ex-prefeito de São Paulo, que muitos chamam de “bandido” Celso Pitta, falando que pedirá na Justiça indenização de dois mil salários mínimos por danos morais sofridos durante sua prisão na Operação Satiagraha, da Polícia Federal.

Durante a Satiagraha, Pitta foi flagrado por câmeras em sua residência, de pijamas, ao ser preso, algemado, pela PF. Foi nesta operação que ele “entrou” junto com o “dublê” Daniel Dantas e o “investidor da mal”, Naji Nahas, entre outras figuras “menos votadas”.

Mas como quem tem padrinho não morre pagão e quem tem dinheiro não dorme em catre de cela, o “trio do terror” foi libertado após o presidente do STF, Gilmar Mendes, conceder hábeas corpus em favor dos suspeitos. Como Gilmar não achou necessária a prisão, pois não havia ameaça às provas colhidas durante a operação, eles estão curtindo a vida e ainda se acham no direito de ganhar um “dinheirinho” por fora.

Mas logo o Pitta, que em 2000 foi acusado pela própria mulher, a Nicéa Pitta, de participar de um esquema corrupção, que na época recebeu o nome de “escândalo dos precatórios”. Ele perdeu o cargo de prefeito, mas como a Justiça está sempre do lado dos “canalhas”, dezoito dias depois voltou. Mas como o povo, vez por outra pune os “calhordas”, ele foi candidato a deputado federal já por duas vezes e não conseguiu se eleger. Quer dizer, não foi cassado pela Justiça, mas foi pelas urnas.

Mas com eu ia falando o Pitta agora quer levantar um dinheirinho e resolveu recorrer à salvadora “Justiça”, onde está pedindo uma “grana”. Quer ver se consegue viver uns tempos sem se preocupar em correr atrás e pediu uma indenização que chega a oitocentos e trinta mil reais por “danos morais”. Ainda bem que qualquer dinheiro paga moral dessa turma.

Também, para moral de Pitta, oitocentos e trinta mil reais já é muito dinheiro.

Nenhum comentário: