terça-feira, 25 de novembro de 2008

Pegando carona no sucesso

Gerson Tavares


Quando resolveram ir à festa, já estava em cima da hora. Pegaram aquela roupa que estava no armário e saíram felizes a caminho do sucesso. Foi assim que resolveram redigir o substitutivo do projeto de lei que cria as cotas nas universidades e escolas técnicas federais, que deixam 50% das vagas para negros e pobres. Redigido às pressas para aprovação a tempo de pegar carona nas festividades do “Dia da Consciência Negra”, muitas falhas poderão acontecer daqui para frente. Pelo menos andaram treinando bastante. As emendas foram surgindo e agora ninguém entende mais nada e os absurdos vão se somando a cada linha do substitutivo.

Todos estão preocupados com a faculdade, mas ninguém está pensando no ensino público. Todos estão preocupados com as “cotas” para o ensino superior e técnico, mas ninguém lembra que a escola pública não prepara ninguém nem se quer para o antigo “admissão” ao ginásio. É hora de ver que é necessário um bom alicerce para se construir um bom profissional.

É preciso entender que “ensino público” não quer dizer “escola pública”. “Ensino público” é aquele onde os jovens estudam em colégios iguais, em colégios que lecionam para aprendizado. Mas para o governo é bem melhor a “escola pública”. Escola pública é um grande cabide de empregos. Do diretor até ao último servente, todos acabam cabos-eleitorais porque há um grande interesse em jogo.

Os gastos são enormes, desde a manutenção dos prédios até a folha de pagamento de pessoal, mas os votos são garantidos de dois em dois anos. Já, com uma “educação pública”, a coisa muda de figura.

Amanhã vamos falar sobre “educação pública”. Aguarde!

Um comentário:

Anônimo disse...

Educação no Brasil é coisa de rico. Não há vontade das autoridades para resolver o problema. Pobre povo.


Gilberto Lins

Barra da Tijuca -