Indiciadas 150 pessoas por ligação com milícias no Rio

O relator Gilberto Palmares quer

pressa na votação em plenário

RIO – Começa a caça as “bruxas”. Até agora já são 150 nomes de pessoas que aparecem entre os indiciados por ligação com bandos armados pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembléia Legislativa do Rio. São políticos, bombeiros, policiais, militares e agentes penitenciários que estão entre os membros de milícias que dominam mais de 170 regiões do Rio.

Ontem, o relator Gilberto Palmares (PT) disse que o texto das investigações tem mais de 300 páginas e foi aprovado pelos deputados. A CPI pretende detalhar seu relatório final de hoje. As acusações contra os suspeitos incluem desde homicídio a extorsão. Ao menos mil denúncias constam no relatório aprovado.

O relatório final deverá ser votado em plenário até o final deste mês e, se aprovado, encaminhá-lo ao governo do Estado, à secretaria estadual de Segurança e ao Ministério Público. “Tivemos muitos depoentes, informações colhidas e, além do corpo do relatório, que é muito consistente, temos ainda os anexos que, entre outros resumos, trazem estudos de acadêmicos e informações do Disque Milícia”, afirma Gilberto Palmares.

Durante a CPI, os deputados ouviram diversos políticos suspeitos de envolvimento com as milícias. E como “milícias” são grupos paramilitares organizados geralmente em favelas e cobram “mensalidades” de moradores das comunidades em troca de segurança, cobram por sinal de tv, pelo gás e tantas outras coisas mais, se não derem fim nessas “quadrilhas”, muito breve elas estarão também, mantendo o comércio de drogas dentro das comunidades.