Gurgel
quer um terreno no céu
Gerson
Tavares
Sempre
que alguém chega numa certa idade já começa a pensar como será o outro lado do
mundo, o lado de fora. E eu estou sentindo que o procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, já está pensando em preparar o seu lugar no céu e como o
“Infelizciano” é um digno corretor de terrenos no céu, Gurgel defendeu a
absolvição do deputado federal Marco Feliciano, do PSC/SP, em processo em que
responde pelo crime de estelionato, em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).
A
denúncia está bem clara e segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos
da Câmara o pastor/deputado teria recebido R$ 13 mil para participar de um
evento religioso, mas não compareceu. Isto quer dizer que o “safardana”
embolsou a grana e não deu as caras para fazer o show.
Mas
para o Roberto Gurgel, que se mostrou temente aos poderes do “enviado”, não há
provas de que o parlamentar tenha agido para obter "vantagem
ilícita". O procurador entendeu ainda que “inFelizciano” não era o responsável
pelo gerenciamento da sua agenda.
Mas
no parecer do Ministério Público do Rio Grande do Sul, o deputado deveria
comparecer no dia 15 de março de 2008 ao Estádio Municipal Silvio de Farias
Correia, na cidade de São Gabriel, para um show gospel. Em razão da ausência, a
produtora responsável pelo evento alegou ter tido prejuízo, já que
“inFelizciano” era a principal atração.
Claro
que ninguém tem a coragem do “velho e saudoso Tim Maia”, que quando faltava aos
shows dizia que não fui e pronto, “não paguem”, mas parece que o "Tim dos
shows gospel", quando comentou o caso, em março, o deputado/pastor afirmou ter
havido um contratempo e que o valor pago pela produtora foi devolvido.
Só
que a ação ainda continua em andamento no STF e será analisada pelos demais
ministros da Corte. O relator do processo é o ministro Ricardo Lewandowski,
coisa que preocupa já que é outro que pode estar preparando o seu lugar lá no
céu, mas será que o cara devolveu mesmo o cachê?
Então
por que recebeu? E por falar em devolver, será que ele devolveu o cartão do banco daquele fiel que não deu a senha?
3 comentários:
Enquanto a polícia Federal não der um jeito nesses milagreiros, até o Gurgel vai ficar pensando que eles têm poderes e assim posto, não pode punir o 'santo safado'.
São Paulo
Será que o Roberto Gurgel não sabe o que é ser estelionatário? Não posso acreditar que um pessoa que ocupa o cargo que ele ocupa e com a idade que tem não saiba o que é estelionatário. Tudo bem que ele trabalhou com o Lula e trabalha hoje com a Dilma, mas é só colocar no espelho a imagem dos seus chefes e ver que o Feliciano se encaixa direitinho no perfil deles. Então é estelionatário.
São Luiz - MA
Infelizmente estamos vivendo momentos do "sabe com quem está falando"? Basta ser dono de uma igreja qualquer ou ser político para não temer Justiça ou outra coisa qualquer.
Se você dá um cheque sem fundos porque errou em seu saldo e processado e até preso como um estelionatário sem vergonha, mas se é político ou pastor e dá golpes é um incompreendido.
Este é o Brasil dos defensores da impunidade.
Grajaú - Rio
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