sexta-feira, 7 de junho de 2013

Gurgel quer um terreno no céu

Gerson Tavares








Sempre que alguém chega numa certa idade já começa a pensar como será o outro lado do mundo, o lado de fora. E eu estou sentindo que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, já está pensando em preparar o seu lugar no céu e como o “Infelizciano” é um digno corretor de terrenos no céu, Gurgel defendeu a absolvição do deputado federal Marco Feliciano, do PSC/SP, em processo em que responde pelo crime de estelionato, em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

A denúncia está bem clara e segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara o pastor/deputado teria recebido R$ 13 mil para participar de um evento religioso, mas não compareceu. Isto quer dizer que o “safardana” embolsou a grana e não deu as caras para fazer o show.

Mas para o Roberto Gurgel, que se mostrou temente aos poderes do “enviado”, não há provas de que o parlamentar tenha agido para obter "vantagem ilícita". O procurador entendeu ainda que “inFelizciano” não era o responsável pelo gerenciamento da sua agenda.

Mas no parecer do Ministério Público do Rio Grande do Sul, o deputado deveria comparecer no dia 15 de março de 2008 ao Estádio Municipal Silvio de Farias Correia, na cidade de São Gabriel, para um show gospel. Em razão da ausência, a produtora responsável pelo evento alegou ter tido prejuízo, já que “inFelizciano” era a principal atração.

Claro que ninguém tem a coragem do “velho e saudoso Tim Maia”, que quando faltava aos shows dizia que não fui e pronto, “não paguem”, mas parece que o "Tim dos shows gospel", quando comentou o caso, em março, o deputado/pastor afirmou ter havido um contratempo e que o valor pago pela produtora foi devolvido.

Só que a ação ainda continua em andamento no STF e será analisada pelos demais ministros da Corte. O relator do processo é o ministro Ricardo Lewandowski, coisa que preocupa já que é outro que pode estar preparando o seu lugar lá no céu, mas será que o cara devolveu mesmo o cachê? 


Então por que recebeu? E por falar em devolver, será que ele devolveu o cartão do banco daquele fiel que não deu a senha?

3 comentários:

Norma Sant'Anna disse...

Enquanto a polícia Federal não der um jeito nesses milagreiros, até o Gurgel vai ficar pensando que eles têm poderes e assim posto, não pode punir o 'santo safado'.
São Paulo

João José de Ribamar disse...

Será que o Roberto Gurgel não sabe o que é ser estelionatário? Não posso acreditar que um pessoa que ocupa o cargo que ele ocupa e com a idade que tem não saiba o que é estelionatário. Tudo bem que ele trabalhou com o Lula e trabalha hoje com a Dilma, mas é só colocar no espelho a imagem dos seus chefes e ver que o Feliciano se encaixa direitinho no perfil deles. Então é estelionatário.
São Luiz - MA

Luis Carlos Alves disse...

Infelizmente estamos vivendo momentos do "sabe com quem está falando"? Basta ser dono de uma igreja qualquer ou ser político para não temer Justiça ou outra coisa qualquer.
Se você dá um cheque sem fundos porque errou em seu saldo e processado e até preso como um estelionatário sem vergonha, mas se é político ou pastor e dá golpes é um incompreendido.
Este é o Brasil dos defensores da impunidade.
Grajaú - Rio