segunda-feira, 24 de junho de 2013

Dilma sabe quem está 


fazendo baderna


Gerson Tavares






Depois de analisado o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, vamos aos fatos que estão acontecendo. O povo foi às ruas para mostrar que está vivo e os aproveitadores resolveram transformar uma movimentação pacifico em uma verdadeira baderna. E isso tem uma razão simples para quem conhece os “trabalhadores” que, mesmo com o tempo passando, continuam os mesmos.

Na década de 1960 existia um partido, o PTB, que foi fundado na era Vargas e que, depois que o Getúlio resolveu partir dessa para uma melhor, a sigla política acabou sendo o abrigo do Leonel Brizola. E foi no início da década de 1960 que Brizola inventou a frase, “cunhado não é parente”, deixando assim em maus lençóis o presidente João Goulart. O presidente já estava num tapete ensaboado e o “cunhado” já estava pronto para puxar, mas os militares foram mais rápidos e por algumas horas pegaram o lugar que Brizola sonhou uma vida inteira.

Outros percalços apareceram na vida política de lá para cá, até mesmo com o Brasil assistindo o Fernando Collor fugindo pela porta dos fundos do Palácio do Planalto e indo se refugiar na “Casa da Dinda”. Mas o ano de 2013 chegou trazendo para o brasileiro todo o azar possível e impossível, já que dizem ser o número 13 “número do azar”. Pois foi nesse bojo azarento que desde o número 13 do ano, segue até ao 13 da Dilma.

Outro partido que se diz dos “trabalhadores” surgiu no passado como o PTB, que não tinha trabalhador em sua direção como hoje também o PT não é dirigido por trabalhador. Mas o PTB, do tempo que teve Getúlio Vargas, sempre esteve ao lado do trabalhador e foi ele que deu todas as vantagens que até hoje existem para aqueles trabalhadores que até ali eram explorados. Mas Vargas não deixou ninguém que pudesse dar seguimento ao seu trabalho e depois que o Leonel Brizola tomou o partido, transformou o T do partido e “t” de traidores. E assim é o “t” do PT, que só pensa nos trabalhadores na hora do voto.

Mas voltando ao assunto “povo foi às ruas”, a rapaziada está nas ruas e não pensem que é só porque o ônibus, o metrô, o trem ou a barca aumentaram os preços de suas passagens nessas últimas semanas e sim, porque “tudo” aumentou. E o povo também está lutando porque não tem hospitais, não tem escolas e quando existe uma escola, ela não tem professores. Mas o governo não está nem ai para o que possa acontecer com o povo. E para completar a “mixórdia”, podemos falar que o protesto do povo também engloba todo o dinheiro que está sendo usado para fazer estádios, para fazer unidades de hospedagens para os atletas e todas as outras obras que são exigências tanto da FIFA quando do COI. Mas este movimento também inclui o dinheiro que está indo para as contas bancárias dos governantes, desviados dos projetos que são encarecidos para que todos se locupletem. É só ver que no Rio de Janeiro, a obra do Maracanã ficou em quase 2 bilhões de reais, dinheiro que daria para construir 4 novos estádios.

Mas a Dilma é muito esperta e então aproveitou o discurso em cerimônia de lançamento do novo marco regulatório da mineração para elogiar as “manifestações pacíficas” que tomaram conta das principais capitais brasileiras dizendo que o Brasil acordou mais forte depois da noite de segunda-feira, dia 17 de junho.

Ela em seu cinismo que é sua característica falou: “O Brasil, hoje, acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia, a força da voz da rua, e o civismo da nossa população”. Claro que lá estava a sua claque e então ela foi interrompida por aplausos da plateia. Lá estavam além da “claque paga”, uma grande “má parte” de políticos que sabem que o caminho está ficando espinhoso e que só muito bem unidos poderão romper a barreira que já está se formando.

Dilma esquece que todos conhecem os artifícios que os petistas usam quando querem atacar os adversários. São dossiês, são boatos e quando precisa apelar para a força, até mesmo fazer baderna quando o movimento do povo é pacifico.

E ainda esquece a “dona” Dilma, que mesmo com este discurso sem eco, ela poderá muito em breve estar seguindo o caminho que o Collor já conhece muito bem.

“A porta dos fundos do Palácio é a serventia da casa”.


Um comentário:

Fernando Torres disse...

Como seria bom se esta porta já estivesse aberta. Já não dá mais para aturar tantos desmandos em todos os níveis de governo.
Seria ótimo se todos os governantes, aliás, se todos os políticos entregasses seus cargos ao TSE, mas com juramento à Nação que nunca mais seriam candidatos a nenhum cargo eletivo. Só assim podemos chegar a uma solução política neste tão espoliado BRASIL.
Morumbi - São Paulo