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Diretor
de jornal é morto com 44 tiros
Se
espremer sai sangue
Dúvidas pairam sobre o
motivo da morte do jornalista José Roberto Ornelas de Lemos, de 45 anos, que
morreu após ser atingido por 44 tiros na cidade de Nova Iguaçu, no Rio de
janeiro. Lemos era diretor do jornal "Hora H", de propriedade de seu
pai, José Lemos. Os policiais investigam se o crime tem relação com alguma
reportagem publicada pelo jornal. O crime aconteceu por volta das oito horas da
noite de terça-feira da semana passada no bairro de Corumbá.
O jornalista estava
armado com uma pistola de calibre 380, mas não chegou a atirar. Lemos não tinha
porte de arma e a pistola estava registrada em nome de uma empresa, segundo a
polícia.
Mas coisas intrigantes
envolvem o fato já que Lemos há dez anos foi preso sob a acusação de ter
contratado dois pistoleiros para matar o então secretário de Governo de São
João de Meriti, cidade também situada na Baixada Fluminense, Kennedy Jaime de
Souza.
O motivo seria a perda
de uma licitação pública na área de limpeza do município. Lemos sempre negou a
autoria do crime. A Justiça determinou sua soltura e descartou sua participação
no caso.
Um dos repórteres do
jornal, Ivan Teixeira, disse à polícia que Lemos vinha recebendo ameaças devido
a reportagens que fazia no jornal. Algumas tratavam de irregularidades em
prefeituras da Baixada Fluminense e da atuação do crime organizado e de
milícias na região.
Agora a polícia terá
que estudar muito bem para ver quem está falando a verdade.
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