A casa caiu

Gerson Tavares

Ontem falei sobre a “Minha Casa Sua Grana”, o projeto que até pode não render moradia para o povo, mas que garante mordomia para os governantes, e hoje quero falar sobre os resultados de pesquisas que até agora teimavam em colocar a Dilma Rousseff como cotada pelo povo.

Foi então que apareceu a pesquisa CNT/MDA, que foi divulgada na terça-feira da semana passada e registrou uma queda na avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff. O levantamento apontou aprovação de 54,2% da população, 2,4 pontos percentuais a menos que na última pesquisa feita em julho do ano passado, quando Dilma aparecia com 56,6%.

Claro que esse percentual acontece em uma determinada área do País, pois sempre que é feita uma pesquisa encomendada ela é dirigida a área de interesse daquele que encomendou. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria, o senador Clésio Andrade, do PMDB mineiro, "Inevitavelmente a inflação é o que mais pesa".

E assim eu me coloco muito à vontade quando reclamo dos índices dos preços, mesmo com os petistas teimando em dizer que não existe inflação. Mas voltando ao “tombo” da Dilma, foram simulados dois cenários no levantamento, um dos quais sem o governador de Pernambuco, o Eduardo Campos, como candidato em 2014. Nesse, Dilma tem 54,2% das intenções de voto; o senador Aécio Neves (PSDB), 18%; e a ex-ministra Marina Silva, 13,3%. Já com Eduardo Campos como candidato, Dilma aparece com 52,8%, seguida de Aécio, com 17%; Marina, com 12,5%; e Campos, com 3,7%.

Tudo isso porque a fome está presente entre os brasileiros. Um dos principais responsáveis pela queda na popularidade da presidente Dilma foi exatamente o aumento nos preço que começou a pesar no bolso do brasileiro.

Mas esse é o principal e não único fator de desgaste da Dilma. Entre os outros fatores que contribuíram para a redução da aprovação do governo estão o processo de desinvestimento, a dificuldade do governo em fazer obras públicas, os problemas de infraestrutura que por consequência faz pressão sobre a balança comercial e a subida do dólar que está mostrando que o Plano real já não tem controle dos homens responsáveis pela Economia do governo.

Uma pesquisa que ouviu só 2.010 pessoas entre os dias 1º e 5 de junho e que pode ter uma margem de erro de até 2,2 pontos percentuais, só está servindo para mostrar que se fossem ouvidas mais pessoas o percentual de Dilma poderia chegar a um nível bem mais baixo, já que ela só tem feito “caca”.