Ufa!
Até que enfim
Gerson Tavares
Parece que as pessoas estão acordando e agora
mesmo, o Ministério Público Federal vai investigar o ex-presidente da República,
o Luiz Inácio da Silva, mas que também atende pelo vulgo de "Lula". E tudo com base
na acusação feita pelo operador do mensalão, o Marcos Valério, quando ele falou
que o esquema também pagou despesas pessoais do presidente enquanto funcionou a
“máquina de fazer dinheiro da quadrilha petista".
E a decisão do procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, é de remeter o caso à primeira instância, já que Lula não tem
mais o foro privilegiado. Assim sendo, a denúncia pode ser apurada pelo
Ministério Público Federal em São Paulo, em Brasília ou em Minas Gerais, com
livre escolha das opções.
Gurgel vem repetindo à membros do Ministério
Público que as afirmações de Valério precisam ainda ser aprofundadas. E a
decisão de encaminhar a denúncia contra Lula foi tomada no fim de dezembro,
após o encerramento do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal
(STF).
Na verdade, só depois de condenado a mais de 40
anos de prisão Valério resolveu entregar o “poderoso chefão”. Até então, o
ex-careca poupava Lula, mas quando sentiu que Lula o deixou à beira da estrada, mudou
toda a versão após o julgamento.
Pela análise do procurador-geral da República,
o depoimento de Valério em setembro do ano passado e os documentos apresentados
por ele, serão o ponto chave da futura investigação que, neste caso, ficaria
circunscrita ao ex-presidente.
Qualquer um dos procuradores da República que
ficar responsável pelo caso poderá chamar o Luiz Inácio para prestar depoimento
sem direito a fugir da responsabilidade. Claro que o Marcos Valério também deverá
ser chamado para dar mais detalhes da acusação feita ao Ministério Público no
mês de setembro do ano passado, quase ao final do julgamento do mensalão,
quando ele viu que Lula não estava nem aí para os que trabalharam para ele.
Não podemos esquecer que os petistas envolvidos
no esquema sempre preservaram o nome de Lula desde que o escândalo do “mensalão”
foi descoberto, em 2005. Mas é bom lembrar também que até mesmo o José Dirceu
que tinha compromisso com o “chefão” de assumir a responsabilidade do comando,
ao final do julgamento já estava tirando o corpo fora.
Só que no depoimento de 13 páginas, feito por
Valério, ele falou ter passado dinheiro
para Lula arcar com “gastos pessoais” no início de 2003, logo depois do petista
assumir a Presidência. O “empresário tesoureiro” relatou que os recursos foram
depositados na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor
da Presidência Freud Godoy. Nas palavras de Valério, Godoy era uma espécie de
“faz-tudo” de Lula.
Assim como Lula diz que nunca viu, ouviu ou fez
parte da quadrilha do “mensalão”, ao tomar conhecimento das acusações feitas
por Valério, tratou logo de chamar seu “diretor de arrecadação” de mentiroso. E
foi assim que em dezembro Lula reagiu: “Eu não posso acreditar em mentira, eu
não posso responder mentira”.
Tudo porque ficar calado sempre foi a arma de
Luiz Inácio, mas já é hora de desmascarar esse “filho... do Brasil”.
3 comentários:
O erro do 'filho do Brasil' foi não cumprir a palavra. Claro que quando aconteceu o escândalo, toda a quadrilha acertou que em troca do silêncio em torno da atitude e participação do Lula na roubalheira, 'boca fechada' seria a tônica.
Todos se calaram, mas Lula não pensou em cumprir com o 'tratado' e deixou que todos se lascassem.
Agora vem a rebordosa. Vai ter que lutar para limpar o seu nome do SPC (Sociedade dos políticos corruptos).
Santo André
Só acho que essa acusação veio muito tarde. Agora o 'mensalão' já passou e outros escândalos já tomam posição nas manchetes.
O grande problema é esse. A cada semana um novo escândalo surge e assim a semana passada já era.
Mas o Lula pode ser acusado de qualquer coisa em qualquer escândalo do PT. Afinal, se ele é o maior nome do partido, todos os roubos que aconteçam e que tenho petista no meio, Lula é pelo menos o mentor do roubo.
Mangaratiba - RJ
Marco Maia sabe que se puxar o fio da meada muita coisa pode aparecer e pelo sim, pelo não, é bom não investigar o chefão.
Brasília - DF
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