Mas
como era grande!
Gerson
Tavares
Não
é de hoje que eu digo que esse tal de “MENSALÃO” é coisa de ladrão profissional
e por isso não são só os “ladrões de galinha” que têm culpa no cartório. Depois
que o STF julgou, condenou e agora luta para prender parte da “quadrilha”, o
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, está afirmando que o esquema empregado
pelos quadrilheiros do mensalão é "muito maior, muito mais amplo, do que
aquilo que acabou sendo objeto da denúncia".
Segundo
Gurgel, o que constou da denúncia foi aquilo que foi possível provar, isso com
elementos razoáveis para dar a base à denúncia e não houvesse meios de burlarem
mais uma vez a lei.
Gurgel
falou que o depoimento prestado em setembro pelo operador do esquema, Marcos
Valério, foi com a intenção de "melar o julgamento". O grande desafio
do processo foi provar a responsabilidade do núcleo político do esquema, entre
eles o do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que assumiu a culpa na época
para salvar o “grande chefe”.
E
o maior desafio desse processo era provar a responsabilidade do chamado núcleo
político. Pessoas do topo da quadrilha têm sempre uma participação cuidadosa e
provas diretas são praticamente impossíveis e foi ai que o Luiz Inácio se deu
bem.
Gurgel
falou que ficou provada a participação do ex-ministro da Casa Civil de Lula em
episódios relacionados ao mensalão, mas eu digo que isso nada mais foi que uma
artimanha petista para salvar o Luiz Inácio do “patíbulo”.
Tudo não passava de um determinado acerto com algum partido e ficava acertado que quem batia o martelo era o José Dirceu. Mas esta modalidade é o conhecido dito popular: “Quando o sino pequeno bate é porque o grande já bateu”. E assim sendo, quando dos acertos, o Dirceu, ou dava uma entrada rápida na sala para bater o martelo ou alguém dava um telefonema e ele dizia: “'Está ok, pode fechar o acordo".
Provas
de elemento são coisas que não faltam e que apontam para a participação efetiva
de Dirceu. Claro que não são provas diretas, até porque Dirceu não é um
estelionatário qualquer e assim em momento algum ele passou recibo sobre uma
determinada quantia ou uma ordem escrita dele para que tal pagamento fosse
feito ao partido 'X' com a finalidade de angariar apoio do governo. Aliás, se
alguém fosse “passar o recibo”, esta alguém seria o presidente Lula, o maior interessado
no esquema fraudulento. Mas como Dirceu aceitou ser apontado como o “chefe da
quadrilha”, todas as evidencias ficaram que era ele que estava no topo da
pirâmide, no comando dessa “organização criminosa". Gurgel fala e
demonstra que ter certeza daquilo que fala.
Gurgel
diz que o autor não é só quem executa o crime, mas quem tem o poder de decidir
sua realização e aí eu vejo não o retrato de José Dirceu, mas sim de Luiz
Inácio da Silva, o “Lula”.
Mas
Zé Dirceu sabia que ele tinha que se colocar como escudo do Lula e assim sendo,
ele se deixava ser visto numa posição de liderança da “quadrilha”. Então, sendo
ele o “líder”, provas cabais não faltam para o envolvimento dele no esquema.
Mas
Gurgel deixa claro que em um esquema criminoso muito amplo, chega um momento
que as investigações são limitadas. Claro está que esse esquema seria ainda
muito mais amplo do que aquilo que constou da denúncia.
Só
que Gurgel logo depois afirma que não chegou a ver elementos que apontassem
participação do ex-presidente Lula, mas que o seu caso será provavelmente
remetido para análise na primeira instância.
Só
foi oferecida denúncia fundamentada em provas, segundo Gurgel, em relação à
participação de Lula, precisaria ter a prova mais que robusta porque seria uma
irresponsabilidade denunciar um presidente. É muito mais difícil.
Mas seguindo o pensamento que o chefe é aquele que manda e não o que executa, Lula é o “chefe da quadrilha”.
Um comentário:
Claro que quando tudo aconteceu o Lula já tinha montado o esquema de defesa. E a defesa do Lula sempre foi 'nunca saber de nada, nunca ter visto ou ouvido nada'. assim sendo ele esteve sempre por fora de tudo e para garantir o silêncio da quadrilha, ele prometia estar sempre em defesa de todos. Mas como tudo tem um limite, até essa defesa chegou no ponto que não dava mais para ser feita e aí Lula assumiu a 'ignorância do fato'.
Com essa posição muitos dos bandidos da quadrilha sentiram que 'estavam no mar sem lula', o que corresponde 'estar no mato sem cachorro'.
Só aí o Marcos Valério descobriu a 'cachorrada' que o 'companheiro' estava fazendo com eles.
Mas aí a coisa já estava consumada.
O certo é que tudo que acontece até hoje no governo petista, tem 'no mínimo', o 'dedo' do Lula.
Linhares - ES
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