quinta-feira, 17 de janeiro de 2013


Mas como era grande!

Gerson Tavares






Não é de hoje que eu digo que esse tal de “MENSALÃO” é coisa de ladrão profissional e por isso não são só os “ladrões de galinha” que têm culpa no cartório. Depois que o STF julgou, condenou e agora luta para prender parte da “quadrilha”, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, está afirmando que o esquema empregado pelos quadrilheiros do mensalão é "muito maior, muito mais amplo, do que aquilo que acabou sendo objeto da denúncia".

Segundo Gurgel, o que constou da denúncia foi aquilo que foi possível provar, isso com elementos razoáveis para dar a base à denúncia e não houvesse meios de burlarem mais uma vez a lei.

Gurgel falou que o depoimento prestado em setembro pelo operador do esquema, Marcos Valério, foi com a intenção de "melar o julgamento". O grande desafio do processo foi provar a responsabilidade do núcleo político do esquema, entre eles o do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que assumiu a culpa na época para salvar o “grande chefe”.

E o maior desafio desse processo era provar a responsabilidade do chamado núcleo político. Pessoas do topo da quadrilha têm sempre uma participação cuidadosa e provas diretas são praticamente impossíveis e foi ai que o Luiz Inácio se deu bem.

Gurgel falou que ficou provada a participação do ex-ministro da Casa Civil de Lula em episódios relacionados ao mensalão, mas eu digo que isso nada mais foi que uma artimanha petista para salvar o Luiz Inácio do “patíbulo”.

Tudo não passava de um determinado acerto com algum partido e ficava acertado que quem batia o martelo era o José Dirceu. Mas esta modalidade é o conhecido dito popular: “Quando o sino pequeno bate é porque o grande já bateu”. E assim sendo, quando dos acertos, o Dirceu, ou dava uma entrada rápida na sala para bater o martelo ou alguém dava um telefonema e ele dizia: “'Está ok, pode fechar o acordo".

Provas de elemento são coisas que não faltam e que apontam para a participação efetiva de Dirceu. Claro que não são provas diretas, até porque Dirceu não é um estelionatário qualquer e assim em momento algum ele passou recibo sobre uma determinada quantia ou uma ordem escrita dele para que tal pagamento fosse feito ao partido 'X' com a finalidade de angariar apoio do governo. Aliás, se alguém fosse “passar o recibo”, esta alguém seria o presidente Lula, o maior interessado no esquema fraudulento. Mas como Dirceu aceitou ser apontado como o “chefe da quadrilha”, todas as evidencias ficaram que era ele que estava no topo da pirâmide, no comando dessa “organização criminosa". Gurgel fala e demonstra que ter certeza daquilo que fala.

Gurgel diz que o autor não é só quem executa o crime, mas quem tem o poder de decidir sua realização e aí eu vejo não o retrato de José Dirceu, mas sim de Luiz Inácio da Silva, o “Lula”.

Mas Zé Dirceu sabia que ele tinha que se colocar como escudo do Lula e assim sendo, ele se deixava ser visto numa posição de liderança da “quadrilha”. Então, sendo ele o “líder”, provas cabais não faltam para o envolvimento dele no esquema.

Mas Gurgel deixa claro que em um esquema criminoso muito amplo, chega um momento que as investigações são limitadas. Claro está que esse esquema seria ainda muito mais amplo do que aquilo que constou da denúncia.

Só que Gurgel logo depois afirma que não chegou a ver elementos que apontassem participação do ex-presidente Lula, mas que o seu caso será provavelmente remetido para análise na primeira instância.

Só foi oferecida denúncia fundamentada em provas, segundo Gurgel, em relação à participação de Lula, precisaria ter a prova mais que robusta porque seria uma irresponsabilidade denunciar um presidente. É muito mais difícil.

Mas seguindo o pensamento que o chefe é aquele que manda e não o que executa, Lula é o “chefe da quadrilha”.

Um comentário:

Lúcio Mauro Fontana Lins disse...

Claro que quando tudo aconteceu o Lula já tinha montado o esquema de defesa. E a defesa do Lula sempre foi 'nunca saber de nada, nunca ter visto ou ouvido nada'. assim sendo ele esteve sempre por fora de tudo e para garantir o silêncio da quadrilha, ele prometia estar sempre em defesa de todos. Mas como tudo tem um limite, até essa defesa chegou no ponto que não dava mais para ser feita e aí Lula assumiu a 'ignorância do fato'.
Com essa posição muitos dos bandidos da quadrilha sentiram que 'estavam no mar sem lula', o que corresponde 'estar no mato sem cachorro'.
Só aí o Marcos Valério descobriu a 'cachorrada' que o 'companheiro' estava fazendo com eles.
Mas aí a coisa já estava consumada.
O certo é que tudo que acontece até hoje no governo petista, tem 'no mínimo', o 'dedo' do Lula.
Linhares - ES