Este
é o governo honesto da Dilma
Gerson
Tavares
Quando
Lula batia no peito e dizia que só ele era ético, honesto e o único com moral,
realmente ele deveria estar falando dos petistas. Lula se julgava o único do PT
que podia falar em moral e ética e hoje dá para entender o que ele queria
dizer, que, dentro dos parâmetros petistas, não existia outro.
E
isso ficou claro depois que a Lei de Acesso a Informação passou a
vigorar. E foi exatamente em 2012 quando essa lei entrou em vigor, que os
gastos com aquele “famigerado” cartão corporativo mostraram que continuavam a todo
vapor.
Mas hoje ficamos
sabendo que quase metade dos gastos com cartões corporativos do governo federal
foi mantida em segredo. O argumento é que são informações estratégicas para a
segurança da sociedade e do Estado brasileiro. Será que esconder os desmandos
trás mais segurança à sociedade e serve para segurança do País? Só pode ser
brincadeira.
Mas
o que sei é que entre janeiro e setembro de 2012, 46,2% das despesas com os
tais cartões foram classificadas como sigilosas e para ser ainda mais dramática
a situação, as informações referentes aos meses finais de 2012 ainda não foram
enviadas pelo Banco do Brasil à Controladoria-Geral da União (CGU) para
divulgação no Portal da Transparência do governo. Não sei não, mas quando isso
acontecer, eu tenho certeza que deverá ser desastrosa.
Já
o número de cartões corporativos é assustador, porque são mais de 13 mil, “eu
falei treze mil”, os portadores dos cartões de pagamento do governo espalhados
pelo País e eles gastaram, “de forma secreta”, R$ 21,3 milhões dos R$ 46,1
milhões pagos pelo chamado suprimento de fundos.
Claro
que a maioria e de compras e saques da Presidência da República, da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal. Na Presidência, 95% das
despesas com cartões são sigilosas. Só 5% são realmente coisas necessárias,
pelo que deu para entender.
Mas
como pela legislação, o uso do chamado suprimento de fundos, o que quer dizer, os
cartões corporativos não é regra e deve ser usado como exceção e em casos de
despesas excepcionais ou de pequeno vulto, como compra de material de consumo e
contratação de serviços.
A
Abin se defende e diz que utiliza o cartão de forma "ostensiva" para
atender às demandas administrativas de 26 superintendências estaduais
vinculadas. O Gabinete de Segurança Institucional, que manda na Abin, afirma
que os cartões de pagamento são usados em ações de caráter sigiloso em
conformidade com a lei. Já a Polícia Federal, órgão submetido ao Ministério da
Justiça, cujos gastos secretos por meio de cartão corporativo são altos, nem quis
comentar o assunto.
Quanto
a Secretaria de Administração, que é responsável pela gestão dos cartões da
Presidência, falou que os cartões corporativos se destinam a atender as
despesas eventuais de pronto pagamento e que, por sua excepcionalidade, não
podem se subordinar ao processo normal de empenho. A Vice-Presidência da
República, que gastou R$ 537,8 mil com os cartões, disse que não poderia
responder aos questionamentos porque seus servidores estavam em recesso. Com
essa posição a Vice-Presidência quis dizer que ali nada é controlado e tudo é
no “vai da valsa”.
Os
últimos dados disponíveis na página da CGU são do mês de setembro. Até a última
semana do ano o portal estava desatualizado e divulgava informações referentes
à fatura de maio, um atraso de mais de seis meses na divulgação de informações
públicas. Isso é mesmo que boicotar informações para poder ganhar tempo para a
desculpa esfarrapada que virá depois.
Mas
o pior disso tudo que foi a própria presidente Dilma que assinou o compromisso
de implantação do projeto Governo Aberto.
Durante
a abertura da 1.ª Conferência de Alto Nível Parceria para o Governo Aberto
(OGP) em abril do ano passado, Dilma ressaltou o "grande compromisso"
do governo com a transparência e destacou o Portal da Transparência. "O
Portal divulga todas as despesas do governo federal em base diária e nos
mínimos detalhes. Quem acessá-lo nesta manhã verá que todos os gastos
realizados até a noite de ontem estão lá expostos e configurados". Isso
ela falou, mas entre ela falar e fazer vai uma enorme diferença.
E
pensar que o Orlando Silva, aquele baiano, ministro dos Esportes, lembram, em
2008 dançou porque pagou uma “tapioca” com o “maldito” cartão corporativo. Pelo
visto, agora a Dilma tinha que ser presa e condenada à prisão perpétua.
2 comentários:
Dilma não está nem para o falam. Tenho certeza que, como a filha do Lula usava o cartão corporativo lá em Santa Catarina, agora o ex-marido de Dilma deve estar metendo esse maldito cartão em suas andanças. São todos uns aproveitadores, mas espero que esse tempo esteja no fim. Já não tenho mais saco para aturar tantos aproveitadores.
Curitiba
Honestidade é o modo que temos para ver as coisas. Se o assunto é política, tudo é honesto até que venha à tona o modo como foi feito aquele determinado acerto.
Político que é sério não entra em acordos e acertos. Cumpre e faz cumprir a lei.
Mas essa modalidade de fazer, passou a ser um 'boboca' aquele que não aceita ser 'bandido'.
Belo Horizonte
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