PT se acha desmoralizado

Gerson Tavares

Aconteceram fenômenos os mais diversos, que em parte por ignorância de conhecimentos de uma grande parte da população, fez com que um partido formado por pessoas corruptas, como é a maioria dos políticos brasileiros, virasse símbolo de moral e ética.

Mas seria muito bom se essa grande parte da população procurasse analisar o que vem ser ética, o que vem ser moral, para esses “politiqueiros” que lutaram muito para chegar diante dos holofotes. Claro que estou falando do PT, aquele partido que se diz dos “Trabalhadores”, mas que de trabalhador hoje em dia não tem nada.  Depois de tantos escândalos acontecidos em seu período de dez anos de governança do País, a estória do PT não passa de uma “folha policial”.

Agora, depois que os chefes do “partido” notaram que o mar não está mais para peixe, eles resolveram divulgar um documento, onde deixam claro que existe necessidade de produzir uma “narrativa histórica” própria, falando dos dez anos em que comanda o governo federal.

Os petistas se dizem vítimas de uma campanha de desmoralização e compara o ex-presidente Luiz Inácio da Silva a Getúlio Vargas e João Goulart. Caramba! Impressionante!

O documento que ficou apelidado de "carta convocatória" é o documento oficial para seu quinto congresso nacional e o texto é assinado pela direção do PT e aponta temas que deverão ser debatidos.

Na carta, o PT afirma que Vargas e Goulart foram vítimas de uma "insidiosa campanha de forças políticas" que visavam desestabilizar seus governos, mesmo processo que estaria sendo orquestrado, desde 2003, para desconstruir a era Lula.

Segundo o PT, o presidente Getúlio Vargas, que se suicidou em 1954 deixou em sua “carta-testamento” que o seu gesto foi uma resposta a "forças e interesses contra o povo". Aliás, não podemos esquecer que Gregório Fortunato e o irmão de Getúlio eram os “chefes das forças e dos interesses contra o povo”. Já em relação a Jango, que foi deposto em 1964, eles se esquecem de falar sobre a atuação de Leonel Brizola, que deu início ao governo militar no país.

E aí vem a onda de disparates quando eles frisam: "A partir de 2003, de forma intermitente, tratou-se de anular os notórios êxitos do governo, com campanhas que procuravam ou desconstruir as realizações do governo Lula ou tachá-lo de 'incapaz' e 'corrupto'".

Mas será que Lula realmente não é corrupto? Será que ele só não soube se cercar? Ou ainda, será que no partido só existem corruptos para ocuparem cargos de confiança?

Também é frisado este parágrafo: "Sabe-se que denúncias de corrupção sempre foram utilizadas pelos conservadores no Brasil para desestabilizar governos populares, como os já citados casos de Vargas e Goulart".

Mas será que ser ditador por 15 anos deu respaldo a Getúlio Vargas a fazer governo popular? Será que não era um “governo popularesco” para mascarar um “governo de acordos e acertos”? 

Mas como os petistas sabem o terreno que pisam, no texto não é citado em momento algum o julgamento do “mensalão” no Supremo Tribunal Federal, que condenou os homens fortes do PT que “negociavam” as compras de apoio político no Congresso Nacional. Pelo que deu para notar, eles não se lembram de fatos recentes e os fatos antigos, já fazem partes de seus devaneios. 

No entanto, eles afirmam que "grandes episódios de corrupção" aconteceram nos governos Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002, e Fernando Collor, entre 1990 e 1992.

Desculpem, mas mesmo não gostando de políticos e principalmente de Fernando Collor, aquela “Elba” não seria corrupção perto de qualquer um dos muitos fatos de corrupção nesses últimos dez anos de governo.

Mas como petista não tem noção daquilo que acontece ao seu redor, na convocação consta uma proposta para acelerar o crescimento econômico e para completar, prega o desenvolvimento de uma estratégia para promover a "internacionalização do PT" como representante de um novo ideário socialista.

Ao ler essa parte do texto, cheguei à conclusão que realmente os petistas já dão como certa as mortes de Fidel Castro e Hugo Chávez.