Thor está livre de processo

Gerson Tavares

Todos sabem que a família Batista está no todo da riqueza e foi por isso que a equipe de defesa de Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, conseguiu uma liminar na Justiça que acaba com o processo que ele deveria responder por atropelamento de um ciclista na Rodovia Washington Luis, no Rio de Janeiro. O atropelamento aconteceu no dia 17 de março de 2012 e Thor estava indiciado por homicídio culposo após o atropelamento.

Mas quem tem dinheiro não teme Justiça e o pedido de suspensão do processo foi feito pelos advogados Márcio Thomaz Bastos (olha ele aí) e Celso Vilardi. Eles questionam um laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que foi apresentado na última audiência. Eles, espertos como raposas, dizem que não tiveram conhecimento prévio. Embora o perito que calculou a velocidade do carro de Thor no momento do atropelamento tenha afirmado que enviou a metodologia utilizada para o Ministério Público há meses, os advogados de defesa dizem que não tiveram acesso ao documento.

O perito garante que o filhote de Batista estaria a no mínimo 135 km/h no momento do atropelamento. O limite de velocidade na rodovia é de 110 km/h. A defesa nega que o réu estivesse a essa velocidade e questiona a metodologia usada pelo perito para chegar a ela.

E como sempre acontece quando e onde tem verba, o desembargador Antonio Carlos Bitencourt, resolveu que o “documento-surpresa” com os cálculos da perícia comprometeu o exercício de ampla defesa.

Agora, a Justiça analisará a questão, para decidir se o processo deve seguir adiante ou se seria necessário marcar uma nova audiência antes da decisão final. 

E assim a Justiça vai “empurrando com a barriga” mais um processo que envolve “gente de bem”.