terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Uma nova safra de “primeira dama”


Gerson Tavares



Quando as pessoas falam em “primeira dama” de um país, a gente fica imaginando como será a vida desta mulher. Ao falar de “primeira dama” no Brasil, vem logo à lembrança Darcy Vargas pelas suas obras sociais e entre elas uma que até hoje nos trás saudades, que foi a “Casa do Pequeno Jornaleiro”. A Fundação Darcy Vargas foi uma das mais belas obras de assistência ao menor e que por muitos anos deu belos frutos. Ainda hoje é a melhor instituição de proteção e formação do menor.

Em uma boa safra de “primeiras damas”, depois de Darcy Vargas tivemos a como “primeira dama”, Carmela Dutra, que ficou mais conhecida por “Santinha”, pois era assim que o presidente Eurico Gaspar Dutra a chamava. Ela foi fundamental no governo Dutra e por muitas vezes, com decisão. Neste período de governo, muitas coisas que aconteceram foram obras de suas opiniões e até de suas exigências junto ao marido. Mas ela foi sempre atuante como “primeira dama”.

Estas foram as duas “primeiras damas” que temos como destaques. Depois tivemos Sarah Kubitschek, que dava a Juscelino o apoio que um estadista empreendedor precisava. Depois veio Maria Tereza Goulart, que se destacou como “primeira dama” do país e da moda. Ela só vestia Dener, o costureiro da época. Mulher bonita e vistosa, Maria Tereza foi uma "primeira dama" deslumbrada, pelo tempo em que João Goulart foi presidente do Brasil, sem grandes feitos, mas muito badalada.

Depois vieram muitos anos de ditadura e quando voltamos ao regime democrático, só fomos ter uma “primeira dama” de verdade com Dona Ruth Cardoso. Antropóloga, educadora, autora de vários livros, ela sempre se colocou como uma verdadeira “primeira dama”.

Ao redor do mundo, “primeira dama”, teve o seu grande destaque com Eva Perón. Ela tornou-se “Deusa” para o povo argentino, chegando mesmo a ofuscar o seu marido, Juan Domingo Perón. Jacqueline Kennedy e Hilllary Clinton foram os destaques em muitos momentos, bons e maus, dos Estados Unidos. Mas hoje outras estão surgindo no cenário mundial. Com a eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos, uma nova mulher vai surgir na Casa Branca. Michelle Obama esta levando o seu lado de mulher experiente, advogada de empresas para dentro da casa onde vai conviver com o presidente da maior nação mundial. Uma mulher de 44 anos, mas que foi uma peça fundamental na eleição de Barack. Embora dizendo que sua opção seja de se dedicar às filhas, os americanos esperam dela um papel importante neste momento de crise, onde a mulher sempre tem mais jeito para administrar.

Mas estamos em um momento de “primeira dama” de pulso. Sarah Brown, mulher do primeiro ministro da Inglaterra, Gordon Brown, é uma “primeira dama” que foi buscar em seus sofrimentos uma razão de ser para ajudar os ingleses. Empresária, Sarah deixou de lado o seu trabalho como diretora de firma de relações públicas, quando em 2002 perdeu uma filha. Ela resolveu criar uma instituição especializada em pesquisa pré-natal e assistência a crianças carentes. Ela que tem o filho caçula também precisando de tratamento especial, tornou-se uma das figuras das mais simpáticas para o povo inglês, pelo seu perfil filantrópico, aliado ao temperamento discreto.

Mas não poderia deixar de falar de uma “primeira dama” que encanta, não só pela sua dedicação ao seu papel de “companheira” do presidente, mas também pela sua beleza, pela sua graça. Ela é uma cantora de voz suave e linda. Ela quando passa, desliza como se estivesse sempre em uma passarela. De olhos azuis, rosto e corpo perfeitos, ela é uma mulher culta. Onde ela está, os fotógrafos e repórteres estão sempre à espreita, mesmo ela não falando de política. Ela é Carla Bruni-Sarcozy, a “primeira dama” da França. Mas se muitos pensam que ela não passa de um bibelô, estão muito enganados. Há pouco tempo ela mostrou que não é “primeira dama” por acaso. No mês de agosto, quando o líder tibetano Dalai Lama visitou a França, Carla Bruni teve um encontro a sós com ele, quando o presidente Sarcozy preferiu não recebê-lo para evitar problemas com a China. Há quinze dias atrás, Carla foi escolhida “embaixadora” da campanha do Fundo Mundial de Combate a Aids.

Enquanto isso, outras não passam de “damas deslumbradas”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ué!...e a Marisa, não conta?


João Carvalho Santos

Muriaé -MG