Milícia é sinônimo de perigo

Deputado Marcelo Freixo foi criticado
por vereador miliciano

RIO – Milícia é coisa de bandido. E ficou provado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, quando o deputado Marcelo Freixo (PSOL), foi até lá para expor os resultados das investigações sobre as milícias na cidade do Rio. Freixo, presidente da CPI, teve que enfrentar o vereador, dublê de miliciano, Luiz André Deco (PR), que pelo que consta é um dos líderes da milícia de Jacarepaguá. O vereador criticou e fez ameaças ao deputado. Disse Deco: “O presidente (no caso Freixo) fez um trabalho de “merda” porque não chegou a lugar algum e não foi às comunidades”.

A vereadora Andréa Gouveia (PSDB), que presidia a mesa, interrompeu a fala do vereador, chamando a sua atenção pelo vocabulário, mas Deco continuou: “Se cortar a minha palavra, a CPI vai acabar agora”, falou o miliciano que chegou ao ponto de encostar no braço de Andréa, num gesto de intimidação e continuar a falar: “Quero ver uma pessoa na minha comunidade afirmar que eu levo dinheiro em troca de segurança. Minha vontade era dar um soco na testa dele (novamente referindo-se a Freixo), mas vou me controlar”.

Foi necessário chamar a segurança para acalmar o dublê de vereador e bandido, mas ficou provado que milícia e bandido tem a mesma atitude: “ou respeita ou morre”.