quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

De “mãe” para “sacerdotisa”, foi só um pulinho

Gerson Tavares


Ela já é a “mãe” do PAC. Foi o Lula que assim chamou a Dilma Rousseff pela primeira vez. Depois desta, nunca mais consegui esquecer esse “apelido”. Mas coisas piores poderiam acontecer e realmente estão acontecendo. Agora foi o senador José Sarney que resolveu “bajular” a pré-candidata do Lula a presidente da República quando em um evento “garantiu” com a sua certeza poética que o presidente Luiz Inácio da Silva fará o seu sucessor em 2010.

Este elogio a Dilma aconteceu na inauguração de trecho da ferrovia Norte-Sul, em Colinas do Tocantins e ocorreu em seu discurso, onde desde o início já chamava a atenção de todos. Para lembrar os tempos da Marly, ele disse que queria matar saudades. “Brasileiros e brasileiras”, falou todo animado, mas que me deixou preocupado com a triste lembrança.

Mas aí o Sarney começou com suas saudações. Foi uma festa e em cada saudação, uma pérola. Saudou todos os presentes e deixou a Dilma para o final. Aí começou a “bajulação”. Chegou ao ponto de falar que ela é a “sacerdotisa do serviço público” e que poucas vezes conviveu com alguém tão dedicado. E aqui vai a oração do Sarney: “Para êxito do governo, Dilma é a sacerdotisa do serviço público. Já fui tudo na vida e posso afirmar que poucas vezes vi uma pessoa tão dedicada. Por trás de tudo isso que Lula está fazendo, Dilma está na retaguarda”. Sarney quase foi ao orgasmo com tanta satisfação. E continuou seu “rosário” de contas elogiosas. “Não se esqueçam. Ela está prestando muito serviço ao Brasil e vai prestar por muito mais tempo ainda”.

Dilma que quase sempre se esconde, desta vez teve uma reação e sem jeito, cochichou ao ouvido de Lula. José Sarney notando, emendou dizendo que Lula fará seu sucessor, mas resolveu não citar o nome da “sacerdotisa”. Mas para não perder o trem ele emendou: “Que o senhor faça seu sucessor, que ande como Vossa Excelência, que trabalhe como Vossa Excelência e que pense como Vossa Excelência”.

Depois desta, vendo e ouvindo tanta “bajulação”, por favor, “Pare o mundo que eu quero descer”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas esse Sarney é um grande "puxa-saco". Aliás, uma "sarna-no saco".


José carlos Souza

Fortaleza Ce