terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Para “politiqueiros”, não existe crise
abaixo do equador




Gerson Tavares



Ao apagar das luzes de um 2008 de corrupções e escândalos, todas as atenções dos politiqueiros se voltam para a criação de mais sete mil cadeiras de vereadores espalhadas pelo país. Todos agora só pensam nessa trama para roubar mais e mais o pobre povo brasileiro.

Em qualquer cidadezinha, no mais longínquo recanto deste “bravo” Brasil, lá estão eles, torcendo para que essa lei “sem-vergonha” que irá aumentar o número dos “primários safardanas” da política nacional saia logo.

Quando eu disse longínquo recanto, em pensei, por exemplo, em Manarí, em Pernambuco. Este município tem o menor Índice de desenvolvimento Humano do país com IDH de 0,46. Mas ali perto, em Alagoas, está Traipú, outro município que tem o IDH de 0,47. Pois estes dois municípios passarão a ter mais vereadores se esta lei passar, e assim, serão municípios que irão ter mais despesas com a folha de pagamento do que têm de receita.

Quando eu digo longínquo recanto, lembro de Águas Lindas de Goiás. Cidadezinha em tamanho e em população, mas que já recorreu a Força Nacional. Tudo para controlar a criminalidade que é a dominada por sucessivos escândalos de corrupção que envolve prefeitura e câmara de vereadores. Pois bem, uma cidadezinha que tem hoje 11 vereadores e que com a lei aprovada passará ater 21 vereadores. Serão mais dez “roubando” o povo. Isto numa cidade onde não existe nem calçamento nas ruas.

Mas antes de terminar, vamos falar aqui do Estado do Rio. Ali, bem perto da capital, está Paracambi, um município onde, mesmo com a lei ainda não aprovada, já tem suplente fazendo churrasco para comemorar a “posse” que poderá não vir. Bem perto dalí está Japerí, outro município pobre, onde suplentes além de muita “festa”, ainda passaram a ligar para a presidência da Câmara para saber quando vai ser a posse. E tudo na maior certeza que a vitória é deles.

Enquanto tudo isso acontece, o povo paga a conta.

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