BRASIL

Governo muda IR e corta IOF

para aumentar consumo

Mantega, ao lado de Meirelles, anunciou criação de duas novas alíquotas para o Imposto de Renda e corte para 1,5% no IOF

BRASÍLIA – Para que o povo gaste até o que não tem, vale qualquer coisa. Ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou em coletiva, as novas medidas do governo para reduzir o peso dos impostos sobre a pessoa física e incentivar o consumo: uma redução no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a criação de duas novas alíquotas de Imposto de Renda.

A partir de hoje o IOF para pessoas físicas passa de 3% ao ano para 1,5% ao ano. Ainda em cima desta alíquota continuará incidindo mais 0,38% que foi instituído no início do ano para cobrir parte das perdas na arrecadação com o fim da CPMF. “Em janeiro aumentamos esta taxa do IOF porque estava havendo o aumento do crédito, e nós queríamos reduzir a expansão do crédito. Agora, estamos revendo esta medida”, afirmou o ministro Mantega.

Esta é uma medida que não tem data de validade e representará uma renuncia fiscal de R$ 2,5 bilhões por ano. Segundo Mantega, ela terá um impacto de 4 pontos porcentuais no spread cobrado pelos bancos.

O ministro afirmou ainda, que espera que haja um barateamento nos juros bancários. De acordo com ele, no primeiro momento da crise, o medo das instituições financeiras elevou as taxas de juros praticadas, mas agora, quando estamos caminhando para a normalidade, deve haver uma redução não só do IOF, mas das taxas de juros para reativar a economia. Ele ressaltou que nos bancos públicos a redução será imediata.