Semana da Vergonha Nacional

Gerson Tavares

Abrimos a semana falando dele e resolvemos fechar a semana com ele, o Fábio Luís da Silva, um rapaz que era um simples monitor do zoológico de São Paulo quando aconteceu a chegada do “papai” à Presidência da República, em janeiro de 2003.

Tal fato deixou o Fábio animado a tentar a sorte como “produtor de conteúdos digitais” e um ano depois de fundar a Gamecorp, soube que aquilo que mais parecia um negócio de fundo de quintal era tudo o que a Telemar andava á procura. Claro que isso é o que ele diz, mas todos sabem que a Gamecorp foi tramada para que a Telemar chegasse onde queria.

E Fábio, mesmo tornando-se sócio minoritário do empreendimento, recebeu da Telemar, uma gigante da telefonia perto daquilo que ele representava, R$ 5 milhões que apareceu na conta do Lulinha da noite para o dia. E foi assim que aquele rapaz que ganhava pouco mais de 600 reais por mês, ficou rico e é um dos orgulhos de Lula, que credita o sucesso fulminante ao talento empresarial do filho.

Mas já que estamos falando “filhos da sorte”, por que não falar do filho da Erenice Guerra, aquela “reserva da Dilma”, que só saiu do “banco de reservas” para fazer “merda”. E o “filhote de cruz credo”, o Israel Guerra, assim como o Lulinha, era um medíocre funcionário público quando a crescente influência da mãe na Casa Civil, chefiada pela melhor amiga Dilma Rousseff, animou-o a tentar a sorte como “consultor de negócios”.

Em julho de 2009 fundou a Capital Assessoria e Consultoria e especializou-se em abrir portas de ministérios e estatais a empresas interessadas em fechar acordos ou resolver pendências com o governo. Não sei se antes, como funcionário, ele era porteiro, mas que ele sabe abrir portas como ninguém, eu não tenho a menor dúvida.

Mas a sorte estava ao seu lado e os seus lucros subiram espetacularmente a partir de março de 2010, claro, depois da promoção de Erenice a ministra. Com tantas falcatruas, com um apetite sem igual, a mãe perdeu o cargo e o filho, que agora está com 33 anos, perdeu a clientela. E Erenice continua jurando que o garoto fez sucesso, e logo voltará a fazer, por esbanjar talento na formação de parcerias.

Deste garoto já falamos durante a semana, mas não custa lembrar que o Gustavo Morais Pereira era um arquiteto recém-formado quando a chegada do pai ao comando do Ministério dos Transportes, fato que o animou a tentar a sorte como “empresário no ramo da construção civil”. Em 2005, o garoto de apenas 21 anos, fundou a Forma Construções e já em 2007, graças a triangulações envolvendo "fregueses" do ministério que estava a serviço da família, o filho de Alfredo Nascimento havia multiplicado por 86.500% o patrimônio da empresa. A descoberta da quadrilha e a queda do pai sugerem que o arquiteto prosperou usando como gazua a carteira de identidade, mas o Nascimento garante que o garoto nasceu para construir fortunas.

E assim chegamos ao final da Semana da Vergonha Nacional, mas se fosse para continuar falando de vergonha, escreveria anos e o assunto não teria fim.

Mas por enquanto vamos parar por aqui. Só não podemos esquecer que este país em que vivemos nos dias de hoje, é o Brasil petista, um país atolado na lama podre da corrupção política.

Acorda BRASIL!