Assim
como Lula sabe de tudo,
eles também sabiam
Gerson
Tavares
Quando
falam de “tortura” vamos sempre aos anos de chumbo. E foi em outubro de 1975, durante
o período militar, que o então comandante do 2.º Exército, general Ednardo
D'Ávila Mello, fez uma visita à sede do DOI-Codi, em São Paulo, e impediu que a
sobrinha de um primo dele, a professora Sarita D'Ávila Mello, militante do PCB,
fosse torturada.
Agora,
ao relatar esse episódio perante a Comissão Municipal da Verdade, na Câmara de
Vereadores, Sarita diz que a presença do general no local que era apontado como
um dos principais centros de tortura de presos políticos no período da ditadura,
seria mais uma prova de que o Alto Comando das Forças Armadas sabia das
violações de direitos humanos cometidas por seus subordinados.
Mas
ela ainda coloca em dúvida a autoridade do general, que é seu primo, já que ele
pode ter comparecido ao DOI-Codi, também para ver se as suas ordens estavam
sendo cumpridas. A sua ida ao local pode até não ter sido para ver a sobrinha
em atenção a um pedido de seu primo, mas sim porque ele não confiava totalmente
no cumprimento de suas ordens. E ela, para arrasar de vez com o tio soltou: "Ele
não confiava na máquina da repressão. Podia ter apenas dado uma ordem. Não
precisava ir lá para ver uma menina de 23 anos". Caramba, quem tem uma
sobrinha dessas, não precisa de inimigo.
Mas
é aí que vem a comparação com o regime petista, quando Lula presidente, tinha
ao seu lado o José Dirceu e que depois de descobertas as “pilantragens” que
aconteciam na sala ao lado de seu gabinete, isso com porta aberta de uma para
outra, Lula nunca soube de nada que ai acontecia.
Então, poderia ser que também naquele período o Alto Comando das Forças Armadas não tivesse
conhecimento.
As
desculpas esfarrapadas servem para os dois lados ou será que só para os
petistas?
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