terça-feira, 28 de maio de 2013


Assim como Lula sabe de tudo, 

eles também sabiam


Gerson Tavares








Quando falam de “tortura” vamos sempre aos anos de chumbo. E foi em outubro de 1975, durante o período militar, que o então comandante do 2.º Exército, general Ednardo D'Ávila Mello, fez uma visita à sede do DOI-Codi, em São Paulo, e impediu que a sobrinha de um primo dele, a professora Sarita D'Ávila Mello, militante do PCB, fosse torturada.

Agora, ao relatar esse episódio perante a Comissão Municipal da Verdade, na Câmara de Vereadores, Sarita diz que a presença do general no local que era apontado como um dos principais centros de tortura de presos políticos no período da ditadura, seria mais uma prova de que o Alto Comando das Forças Armadas sabia das violações de direitos humanos cometidas por seus subordinados.

Mas ela ainda coloca em dúvida a autoridade do general, que é seu primo, já que ele pode ter comparecido ao DOI-Codi, também para ver se as suas ordens estavam sendo cumpridas. A sua ida ao local pode até não ter sido para ver a sobrinha em atenção a um pedido de seu primo, mas sim porque ele não confiava totalmente no cumprimento de suas ordens. E ela, para arrasar de vez com o tio soltou: "Ele não confiava na máquina da repressão. Podia ter apenas dado uma ordem. Não precisava ir lá para ver uma menina de 23 anos". Caramba, quem tem uma sobrinha dessas, não precisa de inimigo.

Mas é aí que vem a comparação com o regime petista, quando Lula presidente, tinha ao seu lado o José Dirceu e que depois de descobertas as “pilantragens” que aconteciam na sala ao lado de seu gabinete, isso com porta aberta de uma para outra, Lula nunca soube de nada que ai acontecia.

Então, poderia ser que também naquele período o Alto Comando das Forças Armadas não tivesse conhecimento.

As desculpas esfarrapadas servem para os dois lados ou será que só para os petistas?

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