Semana da Vergonha Nacional
Gerson Tavares
Rosemary Noronha não
causou só escândalo na imprensa pelo fato de negociar vantagens para aqueles
que a procuram para acertos e “desacertos”. Rosemary também causou estrago
dentro da casa do Luiz Inácio, já que a dona Letícia ficou com a pulga atrás da
orelha.
Dizem até que o Luiz
Inácio anda se esquivando de uma “colher de pau” que vira e meche voa lá da
cozinha em direção ao sofá, lá na sala. É só ela lembrar que a Rosemary estava
tão ligada ao marido que ela fica da cor do partido.
Pelo que dizem as “boas
línguas” a ex-primeira-dama não gostou de tudo o que a imprensa andou
publicando a respeito das relações do marido com a ex-chefe de gabinete da
Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha. E olhe que isso já tem tempo,
que muita gente até já esqueceu, mas ela continua passando a mão na testa e se
olhando no espelho. Dizem que ela não gostou daquilo que leu, mas gostou menos
ainda do que a imprensa não publicou.
Quando tudo aconteceu,
com a imprensa mostrando a proximidade de Rosemary e Lula, com todos os seus
aspectos, com a proximidade da arrogância de Lula e da sem-cerimônia com que
ele mete os pés pelas mãos, não reconhecendo fronteiras entre o público e o
privado, o que é decoro e o que é indecoroso, tudo isso ao final veio de contra
não só ao presidente, mas também contra o marido Luiz Inácio.
Mas se em casa só uma
colher de pau poderá atingi-lo, já não se pode falar daquilo que poderá estar
acontecendo aqui fora, já que ele não mede esforços para aparecer. Quando a
Babalorixá de Banânia liderou um seminário sobre integração latino-americana, onde
compareceram expoentes do governo Dilma, como o ministro “sem defesa” Celso
Amorim e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Foi ali que muita gente
ficou sabendo das novidades do ex-barbudo, quando indo além daquilo que se
esperava, a turma da Dilma falou, sem nenhuma cerimônia, que Dilma, eleita pelo
povo, foi expropriada de algumas de suas funções. Lula, o "desocupado", decidiu
inaugurar um novo regime de governo no país, que a gente poderia chamar de
“Lulismo mitigado”.
E o que quer dizer
isso? Eu explico: Lula seria o coordenador político da base aliada e quem se
encarregaria de todas as negociações com o Congresso. Na prática, passaria a
ser o verdadeiro presidente da República, ou melhor, o “primeiro ministro”, uma
vez que as prioridades de um governo se definem é nesse ambiente. Dilma
voltaria a ser, assim, apenas a “gerente”, aquela que se encarrega das tarefas
executivas. O noticiário político, mais uma vez, voltaria a girar em torno do “cara”.
Mas Dilma ainda terá a desvantagem, que qualquer “merda” que o Lula fizer, ela,
como presidente eleita e que vai pagar a conta.
E este “anúncio” foi
feito abertamente pelo Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos e um
dos chefões do Instituto Lula: “Lula vai jogar toda sua energia para a
manutenção e a consolidação da aliança. Fazer uma agenda de conversas, ver
quais são as questões, onde estão as disputas, como fazer para compor as
forças”.
Mas tudo isso dito por
um dos chefes do Instituto Lula soa como um comunicado de Lula para a Dilma e
assim, recebendo de surpresa esse comunicado, sei não, mas a Dilma, conhecendo
o Lula como conhece, já está esperando, se eleita em 2014, um “golpe de estado”
e com o Lula assumindo como ditador, ela terá mesmo que se mandar e se juntar a turma
das “Farcs” outra vez.
E então chegará a hora de Rosemary Nóvoa Noronha fazer seu retorno triunfal ao cenário político e ao
lado de Lula, assumir a “ditadura”.
Só que Rosemary corre o risco
de não ser mais aquela “ditadura” do passado.
E amanhã voltamos a falar de vergonha,
mas vergonha mesmo.
2 comentários:
Essa Rosemary é para Lula o que a Erenice é para Dilma. Uma pedra no sapato.
Essa Rosemary é uma gangster diplomada e o Lula entrou de cabeça nessa fria. Ou ele ficou meio que abobalhado pela mulher ou então ela trabalhava para ele.
Esta segunda opção deve ser a versão certa, pois não podemos esquecer que até Dirceu teve que assumir pelo chefe.
Salvador - Bahia
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