Comissão
esbarra nos militares
Rosa
Cardoso afirma que Defesa insiste na versão de que arquivos foram queimados
Como já era de se esperar, a “Comissão Verdade” e as Forças
Armadas continuam em lados opostos em relação as investigações de crimes
cometidos por agentes de Estado no período da ditadura militar. E a nova coordenadora
da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Maria Cardoso, disse em entrevista ao
jornal “O Estado de São Paulo”, ela conhece muito bem tudo que aconteceu
naquela época, pois ela foi a defensora da hoje presidente Dilma Rousseff e
ainda outros perseguidos políticos na época do regime militar, que tentará
novos "caminhos" para ter acesso aos arquivos da repressão.
Mas o que mais chama a atenção é que comissão completou na
semana passada um ano de funcionamento e já está com uma nova coordenadora. Até
agora nada consegu0u em relação ao acesso a valiosos arquivos da repressão. O
grupo encarregado de investigar crimes teve sua entrada barrada pelas Forças
Armadas nas dependências do CISA, CIEX e Cenimar, que são os centros de inteligência da Aeronáutica,
Exército e Marinha que organizavam as operações de combate a grupos armados nas
cidades e nas áreas rurais.
A advogada não adiantou quais caminhos a comissão usará para
chegar aos documentos. Uma das possibilidades seria esgotar todas as
estratégias legais para entrar nas salas dos centros de inteligência.
Reservadamente, já chegaram até a discutir um pedido legal de
busca e apreensão, mas se isso não obtiver êxito, pelo que se conhece desse
grupo, uma invasão nunca estará descartada.
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