segunda-feira, 20 de maio de 2013


Comissão esbarra nos militares

Rosa Cardoso afirma que Defesa insiste na versão  de que arquivos foram queimados

Como já era de se esperar, a “Comissão Verdade” e as Forças Armadas continuam em lados opostos em relação as investigações de crimes cometidos por agentes de Estado no período da ditadura militar. E a nova coordenadora da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Maria Cardoso, disse em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo”, ela conhece muito bem tudo que aconteceu naquela época, pois ela foi a defensora da hoje presidente Dilma Rousseff e ainda outros perseguidos políticos na época do regime militar, que tentará novos "caminhos" para ter acesso aos arquivos da repressão.

Mas o que mais chama a atenção é que comissão completou na semana passada um ano de funcionamento e já está com uma nova coordenadora. Até agora nada consegu0u em relação ao acesso a valiosos arquivos da repressão. O grupo encarregado de investigar crimes teve sua entrada barrada pelas Forças Armadas nas dependências do CISA, CIEX e Cenimar, que são  os centros de inteligência da Aeronáutica, Exército e Marinha que organizavam as operações de combate a grupos armados nas cidades e nas áreas rurais.

A advogada não adiantou quais caminhos a comissão usará para chegar aos documentos. Uma das possibilidades seria esgotar todas as estratégias legais para entrar nas salas dos centros de inteligência.

Reservadamente, já chegaram até a discutir um pedido legal de busca e apreensão, mas se isso não obtiver êxito, pelo que se conhece desse grupo, uma invasão nunca estará descartada.

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