José Beltrame incorpora Joaquim
Gerson Tavares
Quando a gente pensa
que já viu de tudo, eis que aparece mais uma forma de assaltar o povo. E desta
vez os agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e da
Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, além do Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público,
deflagraram uma operação para prender uma quadrilha que, por incrível que possa
parecer, era formada em sua maioria por policiais civis e militares que cobrava
propina de vendedores ambulantes e mototaxistas irregulares em Bangu, na Zona
Oeste do Rio e ainda de outros bairros vizinhos. São acusados do delito nada
mais que 60 policiais que são acusados de cometer os crimes e não fazem parte
de nenhuma milícia. Quer dizer, não fazem parte de nenhuma milícia conhecida,
mas eles formaram talvez a mais forte de todo as milícias do Estado.
Os denunciados pelo MP?RJ
são em número de 78, mas desse total, 60 são policiais, sendo 53 militares e
sete civis. E pelo que deu para entender, eles deveriam estender seus domínios
já que os agentes públicos são de diferentes unidades. Os militares pertencem
aos seguintes batalhões: 14º (Bangu), 9º BPM (Rocha Miranda), 20º BPM, 6º BPM
(Tijuca), 4º BPM (São Cristóvão), 41º BPM (Irajá), 15º BPM (Caxias) e do Centro
de Formação de Praças (Cefap). Os policiais civis trabalhavam na 34ª DP (Bangu)
e na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).
Mais uma vez José Mariano Beltrame se viu obrigado a cortar na carne e isso é uma atitude
de quem quer moralizar a polícia carioca. Todos tiveram a prisão preventiva
decretada pela Justiça, que expediu ainda mandados de busca e apreensão nas
residências dos policiais e nas unidades onde eles trabalham. Eles são acusados
de formação de quadrilha, concussão e roubo.
As investigações, que
contaram com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, mostraram que o
grupo cobrava uma taxa para não reprimir a comercialização de produtos piratas
e a circulação de mototaxistas irregulares na região. Eram cobrados R$ 70 por semana, e o dinheiro era
repartido entre os integrantes da quadrilha.
Mas como eles são muito
organizados, as sextas e sábados eram recolhidos R$ 5 de cada ambulante, que era destinado aos policiais que trabalham na cabine da PM, no Calçadão de Bangu,
uma das principais áreas de comércio do bairro.
E como uma quadrilha
organizada, em vez de serem encaminhados à delegacia da área, os produtos
piratas apreendidos pelos policiais, eles eram revendidos a outros feirantes, aumentando
assim os lucros do esquema criminoso.
E a investigação foi lá
no fundo, chegando ao ponto de mostrar que, no dia 26 de julho de 2012, dois
policiais em serviço, armados, ameaçaram dois camelôs no Calçadão de Bangu,
roubando camisas e bermudas, avaliadas em R$ 4 mil, de um dos ambulantes. O
outro camelô teve CD’s e DVD’s piratas roubados. De acordo com o MP-RJ, o roubo
aconteceu porque os vendedores ambulantes não pagaram o dinheiro exigido
semanalmente. Isso só mostra que acima de tudo eles são ladrões comuns, como
qualquer outro bandido que por aí andam á solta.
E pelo que deu para
entender tudo começou em algumas feiras-livres, mas como o “negócio” deu certo,
eles foram estendendo os tentáculos e já estavam tomando conta de vários
bairros da cidade do Rio de Janeiro.
E tudo isso era feito
com os militares fardados e os civis com colete da unidade. Isso prova que eles
não acreditavam mais em represálias e achavam que seus superiores não teriam
coragem de proibir os “trabalhos da quadrilha”
Mas seguindo em seu
papel de moralizados da Polícia do Rio, José Mariano Beltrame está aí para dar
um jeito nesses bandidos fantasiados de policiais.
Cadeia neles, mas de
preferência com trabalhos forçados.
Um comentário:
Tirar os bandidos oficiais é uma medida saneadora que poucos lutam para dar fim. O Joaquim está lá no supremo e quer prender os bandidos políticos e o Beltrame está aqui no Rio tentando acabar com os bandidos policiais.
Como seria bom se outras autoridades tivessem a mesma preocupação.
Marechal Hermes - RIO
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