Depois do sindicato, o partido

Gerson Tavares

Lula, depois de se mutilar para parar de trabalhar, partiu para a empreitada de comandar um sindicato. Mas claro que esta não era a sua meta e um dia ele formou um partido político, assim atingindo o seu objetivo. Como ele, embora semianalfabeto, é um dos mais espertos que já passaram pela política brasileira e assim colocou o nome no partido de, “Partido dos Trabalhadores”. E foi assim que ele enganou muitos trabalhadores que entraram de cabeça num partido que nunca representou o “verdadeiro trabalhador”. Mas isso já é uma estória ultrapassada, até porque hoje os trabalhadores mesmo, já se afastaram e deixaram transparecer que o nome do partido deveria ter sido “Partido dos Traidores”, mantendo assim a sigla PT.

Mas só falei do Lula e da criação do PT para mostrar que outros estão enveredando pelo mesmo caminho, já que a festa do Dia do Trabalhador deste ano, promovida pela Força Sindical na Praça Campo de Bagatelle, zona norte da capital paulista, serviu também para a coleta de assinaturas em apoio à criação do partido político Solidariedade, que estaria sendo articulada pelo presidente da central e dublê de deputado, Paulo Pereira da Silva, do PDT paulista, mais conhecido como “Paulinho da Força”.

Todos conhecem os caminhos trilhados pelo “Paulinho da Força”, que já fez milhões de “mutretas”, ele que junto com o presidente do PDT, o Carlos Lupi, quando ministro do Trabalho, armou um monte de ONGs para pegar dinheiro do governo para nada fazer de bom para o trabalhador. Foi o Paulinho que colocou até a própria mulher para trapacear e pegar dinheiro do povo.

E foi no meio do público que foi à comemoração do dia 1º de maio que os apoiadores recolhendo assinaturas para garantir o registro legal do Solidariedade.

Quando questionado sobre aquele movimento em uma comemoração do Dia do Trabalhador, o Paulinho, na “maior cara de pau”, disse que a coleta de assinaturas é comum nesses eventos. "A Marina (falando de Marina Silva), por exemplo, tem um punhado de gente do Rede aí também. Normalmente, quando acontecem esses eventos, os partidos em busca de aprovação nos procuram e a gente libera".

Mas o partido de Marina não estava ali começando nada, mas o Paulinho, no início do mês de abril, negou que estivesse à frente de um novo partido. Mas quando a coisa aperta, Paulinho tem sempre uma saída e foi assim que ele afirmou que "tem ajudado" na criação do Solidariedade, assim como "ajudou a Marina e o Kassab”, neste caso falando de um partido que já está aí, que é o PSD.

Mas ao ser interrogado se faria parte do partido, caso seja oficializado, ele desconversou: "É uma outra discussão. Vamos ver.”.

Anotem aí: se este Solidariedade sair do papel, o “dono” será o Paulinho, assim como o PT é do Lula.

Aposto.