Sempre tem uma sujeira quando se trata de PT

Gerson Tavares

Comissão do Senado convida Jobim para falar sobre compra daqueles caças que até agora não saíram do papel. Poxa, até que enfim. 

Mas como ia dizendo, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprovou um convite para que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, fale sobre o processo de compras de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Disse Michel Temer, do PMDB/SP, esperar que o Conselho de Defesa Nacional seja convocado pelo presidente Luiz Inácio da Silva para discutir o tema. Além de Lula, o Conselho é formado pelos presidentes da Câmara e do Senado e pelo vice-presidente da República. E foi aí que Temer frisou: “Espero ser convocado e lá no conselho nós vamos discutir”.

Mas o convite a Jobim para falar no Senado, não acaba nesse tema e ainda se estende a outro tema polêmico, a criação de uma comissão de verdade para debater crimes praticados durante a ditadura militar. A pedido de Jobim foi retirado do decreto que prevê a criação de um grupo de trabalho para debater o tema o termo “repressão”.

Por isso, além do ministro da Defesa, a comissão aprovou a presença do ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, para debater o tema. Não podemos esquecer que foi o Vannuchi que comandou as discussões que levaram ao Programa Nacional de Direitos Humanos.

Quanto à compra dos caças, em relação aos caças franceses para reaparelhar a Força Aérea Brasileira (FAB), Jobim negou qualquer negociação para a compra. Jobim garante que o processo sobre as aeronaves ainda não foi concluído.

Disse Jobim: "Não está definida a compra dos caças. O procedimento ainda está no Ministério da Defesa. A notícia não tem fundamento". Ele só esqueceu de dizer que não foi por falta de interesse de Lula, mas realmente até agora nada aconteceu.

Mas não podemos esquecer que foi depois de uma queda de quase R$ 4 bilhões no valor do pacote de 36 caças, que o até então presidente Luiz Inácio e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, optaram pela proposta francesa na negociação de novos aviões para a FAB. 

Mas só não explica o Jobim, por que a escolha de um avião fornecido por uma empresa francesa que está “falida”.