terça-feira, 6 de novembro de 2012


Marta pulou de galho

Gerson Tavares





Sempre é bom ganhar um presente e quando esse presente traz lucro, claro que é melhor ainda. Mesmo que para receber esse presente tenha que engolir alguns sapos, mas como hoje o sapo não é mais o “sapo barbudo”, aquele de quem o Brizola falou, por que não engoli-lo?

E foi assim que a ministra da Cultura, Marta Suplicy, que disse não subir em palanque que fosse para propaganda do poste do Lula em São Paulo após ser preterida para candidatura à prefeitura da capital paulista, resolveu reconhecer que após a vitória de Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo vai ser ainda mais difícil contrariar o presidente Luiz Inácio da Silva dentro do PT.

Mesmo tendo o seu nome na lama depois de ser descartado no partido, Marta afirma hoje que aquilo que Lula fez, foi simplesmente ter "tirocínio político", quando escolheu Haddad como candidato em vez dela própria.

Então, em um momento de total desprendimento, ela foi fundo em sua analise: "Acho que sempre foi muito difícil contrariar o presidente Lula. Não lembro de muita gente ter contrariado e, depois disso, as pessoas vão pensar duas vezes. A capacidade e a visão política que ele tem é muito grande. Nós temos sorte no PT de termos um quadro fora do normal, ele reconstruiu o partido com esse gesto que fez".

Mas querendo não ficar tão por baixo como está, a Marta afirmou que poderia ter vencido a eleição em São Paulo com mais facilidade que Haddad, mas afirmou que Lula acertou ao apostar na renovação do partido.

E foi aí que Marta não economizou em seus elogios ao “dono” do PT. Ela afirmou que Lula teve "ousadia e coragem".

Mas agora resta saber se o paulistano vai suportar quatro anos de desmandos do Haddad. Mas para o restante do Brasil, ainda bem que o Enem está livre dele.

Um comentário:

Delmira Sanches Sá disse...

Essa Marta vai onde der lucro. E ela sabe que sem o Lula, o símbolo da malandragem, o PT acaba.
Ela queria ser prefeita, mas se o Lula mandou que ela deixasse o lugar para outro, tudo bem, éle quem manda.
Sumaré - S. Paulo