Operação multa 91 ônibus por não pararem

para estudantes e idosos

Gerson Tavares

Já era hora de ser tomada uma posição por parte dos agentes da Secretaria Municipal de Transportes da cidade do Rio de Janeiro para reprimir essa onda de desrespeito às leis. E pelo que deu para entender, eles começaram o  trabalho quando na quarta-feira da semana passada. Uma operação de fiscalização no sistema de ônibus da cidade do Rio de Janeiro foi iniciada e teve o objetivo de identificar os ônibus que não param nos pontos para estudantes uniformizados e idosos.

E esta ação ocorreu só em oito pontos distintos da cidade, nos bairros da Tijuca, Vila Isabel, Barra e Jacarepaguá, mas mesmo em tão poucos pontos, foram 91 veículos do transporte coletivo, multados e seus motoristas advertidos e identificados.

Mas acho que as empresas estão ainda em vantagem, já que para cada fato ocorrido, foi emitida uma multa no valor de R$ 1.280,00, no meu entender, de um valor muito inferior à infração. Todos sabem que essa ordem de não parar para idosos e estudantes parte das empresas, mas para início, a identificação do motorista, aquele que recebe a ordem e que é obrigado a cumpri-la para garantir o emprego, irá para um banco de dados. Em caso de reincidência recorrente o condutor poderá ser impedido de conduzir veículo de transporte coletivo. Mas para a empresa só mesmo a multa e nada mais.

Para Carlos Roberto Osório, secretário de Transportes, essa operação de fiscalização, é para proteger os direitos de idosos e estudantes uniformizados. Ela será permanente em oito pontos simultâneos da cidade e de segunda a sexta-feira.

Mas será que isso basta para minorar a fome dos empresários? Por que não apreender o ônibus em um deposito, na primeira multa por um dia, na segunda por três dias e já na terceira por dez dias?

Sem o carro para rodar, eles vão pensar duas vezes antes de dar essas ordens contra uma lei que existe para ser cumprida. Eles vão entender que sem os ônibus, irão ficar sem o retorno financeiro ao final de cada mês.

Aposto como vão tomar vergonha.