segunda-feira, 30 de julho de 2012


Quem sai aos seus, não degenera

Gerson Tavares





Todos vocês se lembram da Erenice Guerra, aquela “fiel escudeira” da Dilma Rousseff que acompanhava a chefe da Casa Civil para todos os lados e assumia até os erros que aconteciam naquele período dentro do órgão e depois se transformou em “grande chefona” da repartição. 

Ela passou por muitos escândalos, driblou todos eles até que tomou um chá de sumiço. Livre das culpas, embora ninguém acredite, ela ficou tranquila e já nem lembrava mais dos problemas pelos quais passou. 

Mas agora a Polícia Federal encontrou indícios de sonegação fiscal na contabilidade da empresa de Israel Guerra, aquele mesmo “filho da ex-ministra Erenice Guerra”, que no período em que a mãe estava comandando a Casa Civil andou nas manchetes polícias. E assim como a mãe, parecia que ele também já tinha superado todos os escândalos, mas eis que a polícia foi atrás e está colocando o rapaz nas manchetes novamente.

A Polícia Federal havia chegado à conclusão que o Israel era responsável sobre o tráfico de influência na Casa Civil na gestão de Erenice. Um inquérito foi aberto para apurar o assunto e logo depois arquivado pela Justiça. O juiz entendeu que não havia provas de "ilícitos".

Mas como nem tudo pode ficar encoberto, na decisão que decidiu pelo arquivamento, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, deixou nas entrelinhas que a investigação da Federal encontrou "movimentações financeiras consideradas incompatíveis com os rendimentos declarados à Receita Federal" nas contas do Guerra.

Israel é sócio da Capital Consultoria e a empresa teria sido aberta para intermediar contratos com o governo federal, na época em que a mãe dele era a ministra mais poderosa do governo. Na época, diariamente saiam manchetes de que Israel cobrava uma "taxa de sucesso" para cada contrato.

Muitos detalhes da investigação são desconhecidos porque o caso está sob segredo de Justiça, mas pela decisão do juiz federal, está clara a situação de Israel no processo, já que a PF apurou que a empresa também teria deixado de prestar informações sobre as rendas auferidas nos anos de 2009 e 2010.

E foi nesse período, que Israel incrementou as negociações com empresários interessados nas tramoias, exatamente quando Erenice Guerra era secretária-executiva da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Mesmo assim, Erenice se tornou ministra após a Dilma deixar a pasta para concorrer à Presidência da República.

Mas pelo que deu a entender o advogado Mário Oliveira Filho, como se diz no jargão policial, Erenice “está limpa” nesse caso e não está envolvida nos indícios de sonegação e lavagem e, por isso, não se pronunciaria. Pelo que diz o advogado de Erenice, Israel fez voo solo nesse golpe.   

Mas na verdade ele só está seguindo os passos da família, afinal, “família que rouba unida permanece unida”.



Um comentário:

Fausto Soares disse...

Mas eu já nem lembrava mais desse Israel. Ele sumiu, mas seus males ficaram pelo caminho. Vamos ver se agora s Justiça resolve dar um corretivo nesse safado.
São José dos Campos