Eduardo Paes não é bom de

 contas nem da cabeça

Gerson Tavares

Ontem falei aqui sobre Eduardo Paes, o “prefeitinho do mal” que comanda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e o titulo foi “Eduardo Paes não é bom de contas” e hoje é ele novamente que serve de tema e o titulo não poderia ser outro: “Eduardo Paes não é bom de contas nem da cabeça”.

Só sendo um débil mental pode um sujeito pensar em tanta maquiagem para uma cidade tendo tantos problemas sérios por fazer. Ontem, quando falei sobre suas declarações de bens junto ao TER, ficou bem claro que ele não sabe administrar os próprios bens e por tanto, não poderia nunca querer administrar os bens de todos os moradores de uma cidade.

Eduardo Paes tem ideia fixa de colocar abaixo o Elevado da Avenida Rodrigues Alves e ele é capaz de dar um braço para que isso aconteça. Já ouvi muitas opiniões sobre o assunto e posso garantir que a ideia da “derrubada” pode ter até alguns a favor, mas uma grande maioria é contra. Dizem os adeptos da 'derrubada', que ele só está pensando em embelezar a cidade para 2014 e 2016, porque neste período  teremos muitos turistas passando por aqui.

Mas então porque em momento algum ele pensa em melhorar as escolas municipais, que estão aí, muitas caindo aos pedaços e com professores de menos em uma grande maioria delas? E como já falei sobre as escolas há pouco tempo atrás, hoje vou literalmente colocar o dedo em outra ferida que são os hospitais municipais. 

Os hospitais municipais estão agonizando e aquele cidadão que precisa de um deles, sofre com tudo que encontra de ruim naqueles endereços. E um dos endereços fica em um subúrbio da Central, onde está localizado o Hospital Municipal da Piedade. Este hospital é um exemplo de agonia, onde até o centro de esterilização da unidade já está interditado pela Vigilância Sanitária.

A situação é tão critica que aparelho que acelera os batimentos cardíacos, já não funciona há mais de três meses e ninguém da Secretaria de Saúde está aí para o problema. O gerador do hospital já não funciona mais e desde 2009, o que quer dizer 'três anos passados', foi desativado o centro cirúrgico de Oftalmologia e é bom lembrar que esta “unidade” já foi considerada um centro de referência na especialidade.

Esta “unidade hospitalar” chegou a um ponto, que até instrumentos cirúrgicos estão sendo comprados pelos médicos da unidade. Até os mais elementares, como tesouras, fazem parte desse material pago do bolso pelos funcionários que não querem deixar que os pacientes venham a morrer por falta de socorro.

Os médicos sabem que estão correndo sérios riscos de a qualquer hora serem chamados de irresponsáveis porque atendem mesmo sabendo que não há o mínimo de condições, mas no peito de um médico também bate um coração. E coração de médico não é igual ao coração do político, duro e insensível.

E nada exprime melhor a situação do Hospital Municipal da Piedade que essa declaração do médico Mário Costa, clinico-geral da “unidade”: “Trabalhamos na corda bamba, sabendo que há riscos de vida para os pacientes porque não temos o básico”.

Mas Eduardo Paes virou um maquiador e maquiagem ele faz naquilo que o turista vai ver. Educação e Saúde Pública, isso é coisa para pobre e sendo assim, “qualquer coisa serve”.