Lula conhece bem seus "companheiros"
Gerson
Tavares
Conheço
essa dupla não é de hoje. Trabalhei muitos anos em São Paulo e vi de perto o quanto eles eram ligados, até porque o Lula precisava se espelhar em alguém. Paulo
Maluf, o filho da “dona” Maria, sempre que entra em ação, é para levar vantagem
e Lula sabia que ao se enturmar com o “turco” poderia um dia se dar bem. Deu
azar em 1982, mas pelo menos levou “vantagens” para no futuro chegar até à
Presidência da República.
Hoje
Maluf é um foragido da Justiça e tem a Interpol em seus calcanhares, mas nada
que não possa continuar a fazer das suas falcatruas. E foi então que resolveu
aceitar os “acordos” que o Lula propôs e colocou o seu “partidinho” a serviço
do Fernando Haddad.
Mas
como todo bandido, Maluf tem seus momentos de desgraça. Enquanto ele está em
campanha eleitoral ao lado do “amigo camarada” em São Paulo, a Justiça da Ilha
de Jersey, um “paraíso fiscal” britânico, está começando a julgar uma ação da
Prefeitura de São Paulo para tentar recuperar US$ 22 milhões que o deputado
federal Paulo Maluf, do PP/SP, teria desviado quando comandou a cidade pela última
vez, no período de 1993 até 1996.
Este
processo que corre na Ilha de Jersey tem como rés, duas empresas sediadas no
exterior que são controladas por filhos de Maluf, segundo as apurações da
Promotoria. Aqui vale lembrar que “família que rouba unida, permanece unida”. E
esse é o lema de Paulo Maluf, mas a assessoria de Maluf nega as acusações e diz,
com a mesma cara de pau que tem o patrão, que o deputado e familiares nunca
tiveram contas no exterior. Como diria o Jorge Perlingeiro, “Me engana que eu
gosto”.
Antes
dessa ação, o Ministério Público reuniu documentos bancários e societários das
companhias, alguns assinados por parentes do deputado, o que comprova a
acusação. Esta causa é um desdobramento das investigações do MP de São Paulo sobre
corrupção em obras como a construção da Avenida Roberto Marinho e o Túnel
Ayrton Senna, ambos na zona sul da cidade.
Claro
que tudo isso já correu aqui na Justiça brasileira, mas por se tratar de
político como Paulo Maluf, influente em qualquer governo, as investigações
resultaram em duas ações criminais no Supremo Tribunal Federal e duas ações
civis na Justiça de São Paulo e que até hoje estão sem um desfecho se quer.
Como
sempre acontece nesses casos, o dinheiro que foi desviado por Maluf lá na
prefeitura, foi enviado para contas nos Estados Unidos por meio de doleiros.
Isso sem contar com as “doações”, já que em 1996 o deputado fez uma doação
formal dos recursos para seus filhos e outros parentes. Daí para as contas da
Durant e da Kildare em Jersey e outras na Suíça e na Inglaterra, foi questão de
“um pulinho”, segundo o Ministério Público.
Eu
sei que existe um bloqueio de US$ 175 milhões em contas que seriam controladas
pela família de Maluf e em relação aos depósitos desses US$ 22 milhões em causa,
a prefeitura paulistana tem provas suficientes para resgatar a grana. Mas mesmo
assim, com todo apoio do Ministério Público, a prefeitura acionou a Justiça de
Jersey em 2009 e só agora está vendo a luz no final do túnel.
E
com tantos casos de desvio de grana alheia e estando com nome e foto na lista
de procurados pela Interpol, Maluf está em campanha ao lado do Lula pela
prefeitura de São Paulo.
Esta
aliança foi selada, com direito a foto de mãos dadas no jardim dos Jardins.
Agora só falta o Fernando Haddad ganhar a eleição e o Paulo Maluf assumir a
Secretária de Finanças da cidade de São Paulo.
Como
diz o José Cunha: “Para corno, todo castigo é pouco”!
Um comentário:
Eles se merecem. São todos da mesma laia. Maluf e Lula juntos, tocam fogo no Brasil, porque o Nero era pinto perto daquilo que eles são agora.
São Paulo
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