quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O salvador da pátria



Gerson Tavares


Um país estava à beira do abismo e ninguém estava nem aí. Mas foi aí que por um acaso do destino o seu mandatário foi mandado para casa e deixou o governo pela porta dos fundos e o seu “reserva” entrou e falou que iria dar um jeito naquele país que estava à beira da bancarrota.

Essa é a história de um país imaginário, mas que bem poderia chamar-se Brasil e aquele mandatário que teve que sair pela porta dos fundos poderia ser o Fernando Collor de Mello, por que não?

Pois então vamos fingir que aquele país chama-se Brasil e o “reserva” atendia pelo nome de Itamar Franco, um mineirinho lá de Juiz de Fora, mas que resolveu dar um basta nos desmandos da Economia.

Montou uma equipe econômica que tinha com ele uma coordenação perfeita e resolveram que o dinheiro brasileiro, que já havia passado por todas as fases do “cruzeiro”, depois “cruzado”, mais uma vez “cruzeiro” só que desta vez levou um acréscimo de “novo” e por aí foi e a cada mudança de nome ficando mais e mais “avacalhado”.

Em comum acordo, a equipe econômica, que tinha Fernando Henrique Cardoso como Ministro da Fazenda e era formada por grandes nomes da economia, chegou ao nome “Real” para o dinheiro forte brasileiro.

O “sapo barbudo” Lula e sua patota foram os primeiros a gritar que aquilo era um absurdo, que era uma derrocada anunciada, mas a equipe econômica que criou o “Real” tinha os pés no chão e o “Real” foi a grande salvação do país e dos governantes que vieram depois de Itamar Franco.

Um dos membros daquela equipe “salvadora da pátria” foi o economista André Lara Resende e que por conhecer do assunto está preocupado com as atitudes dos governantes de hoje, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Tudo porque ele sabe que não existe milagre em economia e ele avisa que falar que “temos crescer para sair da crise” é mais uma loucura daqueles que só pensam no hoje.

Lara Resende diz que o mundo não pode volta a crescer para sair da crise por um único motivo: “o limite do planeta foi atingido”. Mas o que ele quer dizer com essa frase? Essa é uma pergunta que muitos “economistas” estão fazendo, mas Lara Resende explica com simplicidade.

“A solução não é produzir e consumir mais bens materiais, mas sim reduzir a desigualdade de padrões de consumo”. Bem diferente do discurso dos governantes quando falam que o povo tem que comprar e comprar, mesmo que para isso ele não pague as dívidas.

Mas ele não para por ai: “Não é preciso impedir que os mais pobres tenham acesso a um padrão de vida decente, mas sim interromper a espiral de aspirações consumista estapafúrdias de toda a sociedade”. E ele fala da propaganda, que tanto explicita ou subliminar, engana o povão, que por ver na propaganda tanta boa vida, acha que tudo aquilo vem no bojo da dívida.

E André Lara Resende recomenda o livro de Paul Gilding, “A Grande Ruptura”, para que as pessoas entendam melhor o futuro do mundo.

Segundo Lara Resende se faz necessário rever o que consideramos progresso, mas ele diz que a sociedade não está nem aí para o problema e alerta: “Infelizmente, a recusa de ver e agir em relação aos limites ecológicos vão nos levar a uma transição muito mais desordenada e onerosa do que se tivéssemos sido capazes de nos programar para ela”.

E não esqueçam que quem está falando é um dos “salvadores da pátria”. Mas como quem manda hoje não está nem aí para esta realidade dura e cruel, "pobres coitados" serão os nossos netos.

2 comentários:

Homero Lopes disse...

Mas como eles eram contra o Real no passado, agora eles querem mais que o povo se dane.
Dilma quer mais é arrecadar e para isso é preciso que o povo compre muito.
Ela está preocupada é com dinheiro no cofre do governo para que eles possam gastar muito e muito.
Santo André

Vicente Mattos disse...

A Dilma fala hoje como se toda a segurança econômica brasileira fosse uma obra do PT, mas todos devemos lembrar que os petistas sempre foram contra o 'Real'.
Mas como hoje eles querem tirar onda, mandam o povo gastar o que ele não tem.
E acima de tudo estes petistas ainda são covardes, porque depois quem fica devedor e o cidadão.
Belo Horizonte