sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ex-companheira de Dilma quer o aborto




Gerson Tavares


"O aborto, como sanitarista, tenho que dizer, ele é uma questão de saúde pública, não é uma questão ideológica. Como o crack, as drogas, a dengue, o HIV, todas as doenças infecto-contagiosas." Esta frase foi dita por Eleonora Menicucci na terça-feira, em sua primeira entrevista coletiva após ser indicada como nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Só não entendi a relação do aborto com as drogas e doenças infecto-contagiosas, mas como ela falou... Só gostaria de saber onde será que a dona Eleonora vê de semelhança entre uma vida que está para ser sacrificada depois do prazer e a loucura das drogas e os males da saúde pública?

E Eleonora foi logo dizendo que o governo não tem muito que fazer diante da atual situação do aborto que está nas mãos dos parlamentares, lá no Congresso, mas que ela, pessoalmente, é a favor da legalização do aborto, o que é o mesmo que falar que é a favor do crime contra a criança que não pediu para ninguém “furunfar”.

Tudo para falar que é absurdo que as mulheres continuem morrendo em decorrência de abortos em “matadouros”.

Disse que sua posição é pessoal na luta pela descriminalização do aborto. "Minha posição pessoal está em todos os jornais, nas entrevistas que dei, não seria eu se não reafirmasse o que falei anteriormente. Mas sou governo, minha posição hoje é de governo". Com essas palavras ela mostrou que em momento algum ela será “ela” e sim “governo”. É o mesmo que falar que vai fazer “tudo que a chefe mandar”.

E como a Dilma, quando em campanha, se comprometeu com segmentos evangélicos em não capitanear mudanças na legislação pró-aborto, a ex-companheira também “vai enfiar a viola no saco”.

Foi então que a nova ministra falou de seu tempo de “cana” pelos seus atos de baderneira que foi, quando era companheira de Dilma: "Quem passou pelo que nós passamos na luta contra a ditadura cresce, amadurece, e não esquece nunca. São marcas que nos tornam mais fortes e mais sensíveis ao debate, sensíveis à espera, sem sentar-se numa cadeira e ficar esperando a banda passar. É espera com ação".

E foi assim que ela encontrou a saída para descartar ter sido convidada para a SPM pela amizade com a presidente.

Mas, realmente, com o passado que elas têm o que menos pesa não é a amizade e sim a cumplicidade.

Um comentário:

Vilma Abrantes disse...

Como o aborto é um crime previsto em lei, já é hora desse pessoal parar de far nele.
Não quer ter filho, feche as pernas.
São Paulo