O Brasil fora dos trilhos

Gerson Tavares

Greve de bombeiros vira guerra na Bahia e o Rio de Janeiro, que não quer perder status, tem movimentação de policiais civis e militares e como sempre com os bombeiros colocando fogo no movimento.

Esta é só uma parte dos problemas maiores da nossa República, mas muitos estão estourando todos os dias. Com os desmandos dos três Poderes da nossa República, todos entram numa de poder fazer o que bem entende e o povo que se exploda.

E tanto isso é verdade que barcas se chocam e outras ficam à deriva na Baía da Guanabara e ninguém é culpado de nada. O Metrô não dá a menor satisfação pelos atrasos e pelas paradas das composições e quando perguntado sobre o problema sempre acontecem desculpas e agora até roubos de cabos estão servindo como desculpa. Mas como pode acontecer roubo de cabos se não dá para andar pelas linhas eletrificadas?

Então vamos falar da Supervia, que é o mesmo que falar do inferno, se bem que falar do inferno a gente pelo menos sabe que o culpado dos erros é o capeta. Mas quem será culpado pelos erros na Supervia?

Será o presidente da Supervia, Carlos José Cunha, ou será o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes? Sim, porque alguém é culpado, mas como ninguém sabe se a Supervia é responsável pelos trens ou se ainda é do Estado o ônus da conta, a população fica sem saber a quem cobrar.

O púbico pode até estar exagerando em suas manifestações, depredando trens e estações, mas será que não está chegando ao fim a paciência do usuário tão sacrificado? Mas também estão exagerando em desmandos, o Estado e a Supervia, porque todo dia tem trem quebrando, atrasando. Vandalismo acontece, mas a provocação é grande. Lógico que entre a população sofredora se mistura aquele bandido que se aproveita do momento para assaltar bilheteria, mas a maioria só está revoltado pelo desprezo que os governantes dão aos seus reclamos. O próprio Júlio Lopes chegou a falar diante das câmeras que eles estão “trocando pneu com o carro andando”, tudo isso para avisar que se a coisa está ruim agora, no futuro estará muito pior. E como sempre veio aquela balela de que só em 2014 teremos solução. Será que Copa do Mundo vai trazer melhora na condição de vida para o povão?

Depois desse aviso do Júlio Lopes, tenho certeza que por dois anos ele não quer saber de reclamações de transportes. O Júlio é um sujeito tão sem vergonha que chegou a dizer que “muitos usuários dos trens têm veículos antigos”. Com isso ele queria dizer que esses usuários sabem que carro antigo quebra. E já que é para mostrar o cinismo desses caras, o presidente da Supervia, Carlos Cunha, aproveitou também a oportunidade para gozar o pobre do usuário dos “cacarecos” que eles chamam de trens, para falar da falta de informação com que os trabalhadores são obrigados a conviver no seu vai e vem pelos ramais da Supervia: “Já passei por isso no avião. O avião para e ninguém fala nada”.

Pois está aí uma grande ideia que poderíamos usar daqui para frente. Colocar essa cambada toda, Sérgio Cabral, Júlio Lopes, Carlos Cunha e para não perder tempo e nem viagem, colocar esses politiqueiros que estão aí comandando o Brasil, todos sem exceção, dentro de um avião, decolar e quando estiver bem alto, sobre alto-mar, “parar” o motor do avião.

“Tripulação fora” e... “ADEUS CAMBADA DE PILANTRAS!”