Demissões nas Emissoras de TV

Cidinha Campos não é mais livre

A televisão brasileira está indo contra todas as regras da radiodifusão quando troca o jornalismo, a dramaturgia, a música e tantos outros seguimentos culturais e de entretenimento saudável, pela “sacanagem” do “reality show” da vida.

E para fechar com "chave de ouro", essa tomada de posição, quando o momento é de alegria com a chegada do carnaval, enquanto a mulata Globeleza esbanja sensualidade e alegria na tela da televisão para deleite do telespectador, o clima nas redações da Globo News não anda assim tão carnavalesco.

Na quinta-feira da semana passada, logo pela manhã, pelo que informou ao Sindicato dos Jornalistas o Setor de RH da TV Globo, pelo menos três jornalistas foram demitidos. Infelizmente sempre com o mesmo motivo de demissão: “nada pessoal, mas seu perfil não atende aos projetos da empresa”. Só esqueceram que um dos profissionais demitidos, tem seis anos de emissora. Pelo que deu para notar, custaram muito para descobrir que o perfil do profissional não era o desejado.

Depois desse “bote”, agora já tem gente querendo saber quando levanta âncora a “barca”. Dizem que pelo menos mais sete profissionais terão o mesmo destino. Enquanto isso o BBB continua no ar mesmo contrariando as normas da ética e da moral.

Mas a Globo não está sozinha nessa. A equipe do programa "Cidinha Livre", da Band Rio, se preparava para mais um dia de apuração e edição após o termino do programa na última terça-feira de janeiro, quando um chamado da direção da emissora colocou um final de caminho ao trabalho. Foram demitidos de uma só tacada, cerca de 20 profissionais, além da própria apresentadora, a deputada estadual Cidinha Campos.

Isso aconteceu sem qualquer aviso prévio ou mesmo uma explicação para o acontecido. Simplesmente a emissora encerrou contrato de três repórteres, cinco produtores, três editores, um assistente de câmera e três estagiários, entre outros profissionais.

Pelo que diz a direção da emissora local, o programa era muito caro, só que esta mesma direção não falou que o programa era a maior audiência da programação local. Mas é bom que se diga que não existe programa caro e sim Deparetamento Comercial incompetente.

Dizem que esta poderá ser uma jogada de um político de outro partido, que deverá pagar uma “grana afrodescendente” para entrar no horário.

Enquanto isso, a Band Rio vai exibir programação produzida em São Paulo, que, aliás, é o que a direção do Rio sabe fazer de melhor, já que competência para produzir não é o forte dessa turma que está mandando lá pelas bandas de Botafogo.