segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Tirando da reta, acabou fazendo confissão de culpa



PSTU divulga nora e diz que

não tem ligação com 

manifestantes

Gerson Tavares
 








Sempre que alguém começa a dizer que não tem culpa, mesmo antes de ser acusado, já começo a desconfiar. E quando vi a nota divulgada pela sua assessoria de imprensa do PSTU, declarando que o partido não tem qualquer ligação com “baderneiros” e negou que financie qualquer tipo de participação em manifestações, fiquei com a pulga atrás da orelha.

Vejam a nota do PSTU: “O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado reafirma que não tem qualquer ligação com o Black Bloc ou quaisquer grupos de ideologias afins. Da mesma forma, não temos nenhuma relação com os rapazes acusados de acender o rojão que vitimou o cinegrafista da Bandeirantes, Santiago Andrade. Nas manifestações do ano passado, o PSTU foi o único partido de esquerda a contestar e discordar publicamente dos métodos empregados por estes setores do movimento social. Exigimos que se apure a denúncia de financiamento desses jovens. Se eles receberam dinheiro para agirem como provocadores, exigimos que se diga quem os financiou. Não só quem financiou esses jovens, mas quem financia a defesa da dupla acusado-delator. No entanto, somos radicalmente contrários à perseguição que os governos vêm promovendo contra os movimentos sociais. A violência instaurada naquele dia na Central do Brasil é de responsabilidade do governo e da polícia militar. Prestamos nossa solidariedade aos familiares de Santiago e continuaremos lutando para que novas tragédias como esta não aconteçam”.

Bem, esta nota é muito bonita, mas não diz nada com nada. Afinal, em junho e julho do ano passado, quando a população foi para as ruas, a primeira exigência era que políticos e partidos políticos não se misturassem à população que queria fazer uma manifestação ordeira. Só depois que partidos e sindicatos entraram no caminho, a desordem surgiu e acabou com as manifestações.

E foi ali e naquele momento que ficou comprovado quando esses seguimentos, políticos e sindicais, não querem nada que leve a ordem para as reivindicações de ruas e que só pensam em “badernas” para levarem vantagens logo adiante.

Agora, mais uma vez as reivindicações poderiam ser ordeiras, até porque a população só estava pedindo que as passagens não fossem aumentadas como havia sido o acórdão entre governo e empresários.

Os baderneiros apareceram, começaram com a quebradeira dentro da gare da Central do Brasil, foram tomando as ruas com suas técnicas de “bandidagem” até que “estava lá, um caído no chão”. Deram azar os “políticos baderneiros”, porque ali, estava um homem de imprensa e assim todos trataram de tirar seus times de campo.

No dia seguinte àquela “batalha campal”, ao ser perguntado ao prefeito da cidade do Rio de Janeiro, se havia possibilidade das passagens não aumentarem ele foi “curto e grosso”: “Não há a menor possibilidade das passagens não subirem. Isto já está decidido e pronto”.

Depois dessa “decisão” do Eduardo Paes cheguei à conclusão que depois que o Jacob Barata bate o martelo, o povo que morra, mas “está decido e pronto”.

Este é o Brasil que eu não queria. Assim como os políticos se aliam aos “baderneiros”, também se unem aos seus chefes “mafiosos”.


Por falar nisso, quem paga os baderneiros?      

Nenhum comentário: