PSTU
divulga nora e diz que
não
tem ligação com
manifestantes
Gerson
Tavares
Sempre
que alguém começa a dizer que não tem culpa, mesmo antes de ser acusado, já
começo a desconfiar. E quando vi a nota divulgada pela sua assessoria de
imprensa do PSTU, declarando que o partido não tem qualquer ligação com “baderneiros”
e negou que financie qualquer tipo de participação em manifestações, fiquei com
a pulga atrás da orelha.
Vejam
a nota do PSTU: “O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado reafirma que
não tem qualquer ligação com o Black Bloc ou quaisquer grupos de ideologias
afins. Da mesma forma, não temos nenhuma relação com os rapazes acusados de
acender o rojão que vitimou o cinegrafista da Bandeirantes, Santiago Andrade.
Nas manifestações do ano passado, o PSTU foi o único partido de esquerda a
contestar e discordar publicamente dos métodos empregados por estes setores do
movimento social. Exigimos que se apure a denúncia de financiamento desses
jovens. Se eles receberam dinheiro para agirem como provocadores, exigimos que
se diga quem os financiou. Não só quem financiou esses jovens, mas quem
financia a defesa da dupla acusado-delator. No entanto, somos radicalmente
contrários à perseguição que os governos vêm promovendo contra os movimentos
sociais. A violência instaurada naquele dia na Central do Brasil é de
responsabilidade do governo e da polícia militar. Prestamos nossa solidariedade
aos familiares de Santiago e continuaremos lutando para que novas tragédias
como esta não aconteçam”.
Bem,
esta nota é muito bonita, mas não diz nada com nada. Afinal, em junho e julho
do ano passado, quando a população foi para as ruas, a primeira exigência era
que políticos e partidos políticos não se misturassem à população que queria
fazer uma manifestação ordeira. Só depois que partidos e sindicatos entraram no
caminho, a desordem surgiu e acabou com as manifestações.
E
foi ali e naquele momento que ficou comprovado quando esses seguimentos,
políticos e sindicais, não querem nada que leve a ordem para as reivindicações
de ruas e que só pensam em “badernas” para levarem vantagens logo adiante.
Agora,
mais uma vez as reivindicações poderiam ser ordeiras, até porque a população só
estava pedindo que as passagens não fossem aumentadas como havia sido o acórdão
entre governo e empresários.
Os
baderneiros apareceram, começaram com a quebradeira dentro da gare da Central
do Brasil, foram tomando as ruas com suas técnicas de “bandidagem” até que “estava lá, um caído no chão”. Deram azar os “políticos baderneiros”, porque
ali, estava um homem de imprensa e assim todos trataram de tirar seus times de
campo.
No
dia seguinte àquela “batalha campal”, ao ser perguntado ao prefeito da cidade
do Rio de Janeiro, se havia possibilidade das passagens não aumentarem ele foi
“curto e grosso”: “Não há a menor possibilidade das passagens não subirem. Isto
já está decidido e pronto”.
Depois
dessa “decisão” do Eduardo Paes cheguei à conclusão que depois que o Jacob
Barata bate o martelo, o povo que morra, mas “está decido e pronto”.
Este
é o Brasil que eu não queria. Assim como os políticos se aliam aos
“baderneiros”, também se unem aos seus chefes “mafiosos”.
Por
falar nisso, quem paga os baderneiros?
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