sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O uso do cachimbo deixa a boca torta.


Homem atirou e se mandou  

para a Câmara

Gerson Tavares






Quando no Brasil alguém faz coisa errada, é no mínimo chamado de vereador, mas claro que em se falando de Brasília, no mínimo o “safardana” é deputado. E foi pensando assim que reagiu o caseiro Abdias Soares, que foi preso pelo Departamento de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados. Abdias, que tem 72 anos, foi encaminhado para a carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal e foi indiciado por porte ilegal de armas e disparo em via pública.

Tudo porque o Abdias Soares fez quatro disparos com um revólver calibre 38 na Praça dos Três Poderes, bem em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal, mas, pelo que dizem alguns, tudo sem a menor razão. E pelos exemplos que vê quase que diariamente, mesmo não sendo deputado, logo depois de fazer os disparos para o alto, Abdias guardou o 38 na mochila e foi entrando na Câmara pela portaria do Anexo 4, na maior tranquilidade. Só que naquele momento ele foi notado e preso em flagrante. Dali ele foi parar no Depol para prestar depoimento.

Foi então que Abdias Soares resolveu explicar a sua atitude e falando com a imprensa, disse que deu os tiros para “chamar a atenção” porque vem enfrentando processos na Justiça e não consegue ser ouvido pelo Poder Judiciário.

Abdias garantiu que não tinha a menor intenção de ferir ninguém e foi claro em sua posição: “Eu queria chamar a atenção da Justiça para ver se ela me ouve. Eu fui à promotoria quatro vezes e eles, nem a Polícia Civil, não quiseram nem fazer boletim de ocorrência”.

A assessoria de imprensa da Câmara disse que os agentes informaram que Soares aparenta ter problemas psiquiátricos. “Ao prestar depoimento, não apresentou sinais de embriaguez. No entanto, segundo os investigadores, ele aparentou ter algum distúrbio psiquiátrico. Não cabe, porém, ao Departamento de Polícia da Câmara confirmar tal distúrbio. Um laudo deverá ser pedido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para verificar a existência de um eventual problema de saúde mental”, este é o comunicado da Câmara.

Mas se olharmos casos como os que vêm acontecendo com os “bandidos” do mensalão, este é o caso mais nítido de doença, afinal, só mesmo com problemas psiquiátricos alguém sai dando tiro para chamar a atenção de juízes ou de qualquer funcionário do governo que nada querem com a bola.

Já isso não se pode dizer dos mensaleiros que não são, mas querem por que querem ser doentes. Estou com o Abdias e não abro!

Mas como hoje “já é” carnaval, vou ficar por aqui e só volto na segunda feira, dia 10 de março. Feliz Carnaval e, sem exageros, curta muito as "Folias de Momo".

E lembre-se: “Se beber, não dirija e se beber, vá para casa dormir”!

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