PT poderá ser atingido por
"fogo amigo"
Gerson Tavares
No duro, mesmo depois de
“aceitar” a proposta do PT de ser um “simples” candidato ao Senado e deixar
livre para o Lindberg Farias a cadeira do Palácio Guanabara, Sergio Cabral, sabe que não é uma boa deixar para outro aquela posição que tem como certa a
eleição do “sapatão” Luiz Fernando Pezão. Mas parece que voltou à trás em sua
posição e já tratou de fechar aliança com o Solidariedade e avançar nas
negociações com o PSD e agora está lutando para fechar nos próximos dias o
apoio do PDT à candidatura do vice-amado, Luiz Fernando Pezão, que como ele é
do PMDB, ao Palácio Guanabara.
Pelo que fiquei
sabendo, o Cabral conversou na quarta-feira da semana passada com o presidente
nacional do PDT, o “famigerado” Carlos Lupi, que foi ministro do Trabalho do
Lula e da Dilma e saiu de lá “mais sujo que pau de galinheiro”. Disse o líder
pedetista, que o governador ofereceu ao PDT uma vaga na chapa majoritária, de
vice-governador ou senador.
Assim falou o
“jornaleiro do Brizola”: "O governador garantiu ao PMDB uma vaga na
majoritária e, com isso, quebrou meu argumento, porque nós não abrimos mão da
candidatura à vice ou ao Senado. Ele me deu xeque mate". O presidente do
PDT disse que levará a proposta para discussão no partido, mas que "a
tendência é essa”.
Mas os pedetistas
também foram procurados pelo PT, que precisa eleger o senador Lindbergh Farias
no governo do Rio de Janeiro. E Lupi falou: "Conversamos com o PT, mas já
temos uma aliança com o governador. Apresentei ao Cabral nossas condições, de
avanço da educação em tempo integral e da participação na chapa majoritária. O
mais provável é que o governador dispute o Senado e o PDT fique com a
candidatura a vice-governador".
O Cabral está acelerando
as negociações com os partidos e na semana em que o PT rompeu a aliança com o
PMDB no Estado e prometeu devolver os cargos comissionados ocupados por petistas
no Estado, está correndo atrás de acertos. Só que ele “bate e assopra” e dois dias
depois de o PT comunicar a rompimento ao governador, Cabral fez declaração
pública onde apoiou à candidatura da reeleição da presidente Dilma Rousseff,
mas ao mesmo tempo disse não ter "medo" da candidatura petista.
E como o PDT já faz
parte da base do governo Cabral, onde ocupa duas secretarias, o Lupi poderá até
trair suas promessas a Lula e Dilma, até porque no momento já não pesa mais o
perigo de ser condenado como “chefe da quadrilha” das ONGs do Ministério do
Trabalho. Para o Lula ou Dilma o acusarem desses crimes, vão ter que assumir o
crime de omissão por não terem denunciado os crimes antes. No mínimo, seriam
cúmplices.
Esperar para ver o resultado desta
“Copa Imunda”.
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